26 abril, 2024

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Médica é presa em Viracopos com remédios de venda proibida no Brasil

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Frascos de medicamentos apreendidos em Viracopos, em Campinas (Foto: Vanderlei Duarte/EPTV)

Uma médica foi presa em flagrante no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), com cerca de 250 frascos de medicamentos de comercialização proibida no Brasil. Ela voltava de uma viagem em Miami, nos Estados Unidos, e foi barrada pela Receita Federal, que acionou os agentes de saúde da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A profissional ficará presa por crime contra a saúde pública, que não cabe fiança e prevê pena de 10 a 15 anos de prisão. “Tem pena mais pesada do que para tráfico de drogas, que é de cinco a 15 anos de prisão”, afirma a delegada da Polícia Federal (PF) Estela Beraquet Costa.

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Os remédios Dhea e Melatonina foram retidos nesta quarta-feira (25) no momento do desembarque da médica. As informações foram divulgadas pela Polícia Federal (PF) nesta quinta (27).

A profissional tem 28 anos e faria uma conexão no aeroporto em Campinas para Goiânia (GO), onde trabalha como plantonista em um hospital e já foi proprietária de uma clínica de estética, segundo a delegada. A especialidade médica dela e a identidade não foram divulgadas pela PF.

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“Eles não são de uso proibido, uma vez que para uso próprio é possível trazê-los. Mas, diante da grande quantidade de medicamentos, pode-se aferir que esses medicamentos efetivamente eram para terceiros, ou seja, para a comercialização. (…) Calcula-se que aqui no Brasil cada frasco desse custa R$ 110”, explica a delegada.

A médica confessou para a polícia que já conseguiu comprar os medicamentos no Brasil por R$ 120 cada frasco. Ela foi encaminhada para o Presídio Feminino de Paulínia (SP), onde aguardará o julgamento.

Sem antecedentes

Os medicamentos estavam dentro da bagagem da médica e ela colaborou com a vistoria. A profissional não tem antecedentes criminais, segundo a PF.

“A alegação dela [médica] é que esse medicamento seria entregue a parentes e familiares, e uso próprio”, afirma a delegada.

Os frascos vão passar por perícia deverão ser incinerados.

De acordo com a Anvisa, se for comprovado pelo órgão que houve intenção de comercializar os produtos, a médica estará cometendo uma infração sanitária e ficará sujeita à notificação, interdição ou multa, que pode variar de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão.

Dhea e Melatonina

Os frascos apreendidos eram dos medicamentos Dhea (dehidroepiandrosterona) e a Melatonina. De acordo com a Anvisa, os produtos têm restrições diferentes no Brasil.

A Melatonina, hormônio do sono cuja falta pode causar diabetes e obesidade e é usado como sonífero, não tem registro no país, ou seja, é uma substância nunca registrada por laboratórios brasileiros. Por isso, também não pode ser produzida via farmácia de manipulação. A Anvisa não se manifestou sobre os riscos do consumo justamente por não ter a substância registrada.

Já o Dhea, que é um propulsor hormonal antienvelhecimento e um anabolizante, está na lista de produtos controlados pela Anvisa. A substância tem registro no Brasil, mas, segundo o órgão, a indicação é somente para pessoas com atrofia muscular. A venda dela é feita com retenção de receita médica.

A Anvisa alerta que os anabolizantes podem causar infarto e derrame cerebral e não são voltados para pessoas que buscam aumento da massa muscular.

Fonte: G1

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