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A prima da moradora de Avaré (SP) Roberta Câmara, que morreu após ser baleada pelo ex-namorado em frente de sua casa, contou que a família ficou chocada com a crueldade dela ter sido assassinada na frente do filho, de apenas quatros anos. De acordo com a parente, ser mãe foi a realização do maior sonho da vítima.
“O maior sonho dela era ter um filho. Ela estava muito realizada pessoalmente por estar cuidando do menino e de ter uma família. Trabalhava em um escritório de contabilidade e sempre foi uma pessoa muito dedicada. Ela ter sido baleada na frente do filho é algo que choca muito. Crueldade demais o que fizeram. Mataram ela na frente do seu maior sonho”, afirma Mariana Bettuni Cavalhere.
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Ainda segundo a prima, Roberta sempre foi uma pessoa tranquila e o crime surpreendeu todos da família, principalmente porque muitos não sabiam sobre ameaças do ex em relação a ela.
“Ela sempre foi uma pessoa alegre, tranquila e simpática com todos. Eu cheguei a trabalhar com ela e ela sempre falava que o estava bem com a realização de ter tido um filho. Todo mundo ficou chocado com o que aconteceu. Quem ia imaginar que isso podia chegar nisso. Ninguém comentou sobre saber de ameaças. Eu não conhecia o ex-namorado dela, só via pelas fotos nas redes sociais. Foi uma tragédia”, afirma.
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O homem foi encontrado morto na casa onde morava horas após o crime.
Investigação
De acordo com o delegado que atendeu o caso, Fabiano Ferreira, testemunhas informaram que viram o homem dentro de um carro na frente da casa da ex-namorada, de 37 anos, no bairro Santa Mônica.
“Quando a mulher saiu do imóvel para levar a criança, de 4 anos, à escola, ele os abordou. Ela tentou correr, mas foi atingida por três disparos na região do tórax. Em seguida, o homem fugiu do local”, afirma.
Roberta chegou a ser socorrida por uma Unidade de Resgate, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital.
Ainda segundo o delegado, uma equipe foi até a casa do suspeito, no bairro Vera Cruz, e constatou que ele havia cometido suicídio. “Ele não tinha passagem na polícia, mas familiares disseram que ele estava com problemas psicológicos. Na casa encontramos a arma de fogo e as munições. Mas não encontramos nenhuma carta ou bebida”, afirma.
Um inquérito policial foi instaurado para investigar o caso, mas a suspeita é de crime passional. A criança que viu o crime foi encaminhada para o pai.
“Testemunhas informaram que ele namorou a vítima por 10 meses, mas estavam separados por sete meses. Ele não teria aceitado o fim da relação, mas não há boletins registrados por parte dela em relação à perseguição ou ameaças. Iremos ouvir vizinhos e familiares para investigar as causas. Mas acreditamos que tenha sido crime passional”, ressalta o delegado.
Fonte: G1