22 de outubro, 2024

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Mary, da dupla As Galvão, retorna aos palcos após a morte da irmã

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A cantora Mary Galvão, da dupla As Galvão, voltou aos palcos após a morte da irmã, Marilene Galvão, nesta sexta-feira (18). A apresentação foi em Paraguaçu Paulista (SP). O evento reuniu um público com saudade da música sertaneja “raiz”, que fez questão de acompanhar o retorno da artista.

Mary, da dupla As Galvão, retorna aos palcos em evento sertanejo pela 1ª vez desde a morte da irmã  — Foto: Fábio Modesto /TV TEM
Mary, da dupla As Galvão, retorna aos palcos em evento sertanejo pela 1ª vez desde a morte da irmã (Foto: Fábio Modesto /TV TEM)

Mary abriu a programação do evento Estância Sertaneja, realizado pela prefeitura. Sua irmã Marilene morreu em agosto deste ano. A morte da cantora comoveu todo o país, incluindo grandes nomes da música brasileira.

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“Tudo é muito difícil, principalmente quando você é pega de surpresa. Mas, a gente tem que dar continuidade ao que fizemos. Saindo daqui para o mundo, com coração batendo na boca, mas com muito amor e muito carinho. É nosso primeiro show, olha a responsabilidade, mas vou procurar a fazer o melhor”, afirma Mary.

Mary Galvão (à esquerda) e Marilene Galvão (à direita), da dupla As Galvão — Foto: Divulgação
Mary Galvão (à esquerda) e Marilene Galvão (à direita), da dupla As Galvão (Foto: Divulgação)

A apresentação de Mary não poderia ser em outro lugar do que em Paraguaçu Paulista, onde a história das irmãs começou, em 1947, nas rádios, como pioneiras no universo da música caipira. O retorno também significa o início de uma turnê da artista.

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“Meu marido começou a compor, e nosso repertório já tem as músicas novas, com outros autores famosos. Está todo mundo torcendo. Vou na rua e no supermercado e todo mundo fala ‘não para não’. Tudo em torno de música é muito especial”, exalta Mary, que conta com o apoio do marido e maestro, Mário Campanha.

Mary, da dupla As Galvão, retorna aos palcos em evento sertanejo pela 1ª vez desde a morte da irmã  — Foto: Fábio Modesto /TV TEM
Mary, da dupla As Galvão, retorna aos palcos em evento sertanejo pela 1ª vez desde a morte da irmã (Foto: Fábio Modesto /TV TEM)

A dupla deixou os palcos no ano passado após o agravamento do Mal de Alzheimer de Marilene. Foram 74 anos de sucesso que renderam 80 discos gravados.

Evento

No domingo as atrações estão marcadas para o período matutino, até às 13h30, com Eduardo Kill; Paulo Alcântara; e Zé Rico e Rikaço.

A Estância Sertaneja conta com parque de diversões, recreação infantil, praça de alimentação e área de exposição, inclusive com obras do artista plástico Décio José Benício, com a mostra “A Madeira e Sua Alma”.

Dupla

As Irmãs Galvão no início da carreira — Foto: Reprodução / Site oficial As Galvão
As Irmãs Galvão no início da carreira (Foto: Reprodução / Site oficial As Galvão)

Além de cantar, Mary Galvão, nascida em Ourinhos (SP), em 1940, tocava sanfona na dupla. Já Marilene Galvão, de 1942, de Palmital (SP), tocava viola enquanto unia a voz com a da irmã em músicas como Beijinho Doce (Nhô Pai, 1945), clássico sertanejo lançado pelas Irmãs Castro, mas desde sempre associado às vozes das irmãs Galvão.

Quando entraram em cena na Rádio Club Marconi de Paraguaçu Paulista (SP), em 1947, com sete e cinco anos, respectivamente, Mary e Marilene certamente nem sonhavam em pavimentar trajetória tão longa na música sertaneja.

De rádio em rádio pelo interior paulista, as irmãs acabaram contratadas pela RCA Victor, gravadora na qual debutaram em 1955, ano em que as Galvão registraram, em disco de 78 rotações por minuto, as músicas Carinha de Anjo (Paschoal Yanuzzi e Fábio Mirhib) e Rincão Guarani (Maurício Cardozo Ocampo, Diogo Mulero Palmeira e Centorion).

Começou, naquele ano, a bem-sucedida trajetória fonográfica pavimentada pelas gravações de toadas, modas de viola e rasqueados, gêneros musicais recorrentes no universo sertanejo. As irmãs Galvão gravaram discos com regularidade até o fim da década de 1980.

A partir dos anos 1990, a discografia foi ficando cada vez mais espaçada na medida em que a dupla passava a ser cada vez mais reconhecida pelo fato de, no rastro das Irmãs Castro, Mary e Marilene terem imprimido assinatura vocal feminina na música sertaneja quando que somente os homens cantavam modas caipiras.

Fonte: G1

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