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Milhares de manifestantes foram às ruas na Venezuela nesta terça-feira (12) para protestar contra o bloqueio imposto pelo regime de Nicolás Maduro à ajuda humanitária enviada ao país. Caminhões e militares favoráveis ao governo chavista fecharam uma ponte na fronteira com a Colômbia para impedir a passagem do carregamento de comida e remédios.
O líder opositor Juan Guaidó, declarado presidente interino da Venezuela em janeiro, participou do protesto em Caracas e afirmou que a ajuda humanitária chegará ao país em 23 de fevereiro. Parte do carregamento chegou ontem, segundo o próprio Guaidó afirmou.
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Ele também informou que conta com a fronteira com o Brasil, em Roraima, como um dos pontos de coleta. A representante de Guaidó em Brasília, Maria Teresa Belandria, disse que está articulando com o governo brasileiro como será esse apoio.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores disse que, no encontro de segunda-feira, “foram discutidas possíveis medidas capazes de viabilizar o envio de alimentos e remédios para aliviar o sofrimento a que o povo venezuelano está submetido sob o regime ilegítimo de Maduro”.
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Guaidó ainda pediu aos militares que deixem entrar os carregamentos. “As Forças Armadas devem decidir se estão do lado da Constituição”, disse.
“Apostaram em nos dividir, e aqui estamos mais unidos e fortes do que nunca. A ajuda humanitária vai entrar de qualquer maneira na Venezuela porque o usurpador vai ter de partir da Venezuela”, afirmou Guaidó.
O líder oposicionista voltou a cobrar os militares pelo Twitter, logo após o discurso:
“Uma ordem aberta às Forças Armadas: permitam a entrada da ajuda humanitária. Terão alguns dias para se colocarem ao lado da Constituição e da humanidade. São as vidas de 300 mil venezuelanos que estão em risco”, escreveu.
Maduro acusa EUA
Ao mesmo tempo, manifestantes favoráveis ao regime de Maduro foram às ruas em Caracas para defender o regime chavista. Não há relatos de confrontos entre os dois grupos.
Nicolás Maduro acusa os Estados Unidos de tentarem sabotar a Venezuela com a ajuda humanitária – que, segundo ele, não passa de “um show”.
O venezuelano acusa as sanções impostas ao regime de serem responsáveis pela crise no país. Em entrevista à BBC, Maduro atacou o governo de Donald Trump, a quem comparou ao grupo supremacista “Ku Klux Klan”.
“O governo Donald Trump sequestrou US$ 10 bilhões de contas bancárias e outros bilhões em ouro em Londres que são nossos, dinheiro com que iríamos comprar alimentos, remédios e insumos. Se querem ajudar a Venezuela, que liberem os recursos”, afirmou.
Fonte: Yahoo!