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Milhares de pessoas foram às ruas de Belgrado, a capital da Sérvia, neste sábado (3), para protestar contra o governo. Esse é o quinto protestos em cerca de um mês. As manifestações foram motivadas por dois tiroteios em massa que chocaram o país – um deles, em uma escola.
O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, afirma que não tem responsabilidade pelos tiroteios e que não vai renunciar, como pedem os manifestantes.
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Neste último protesto, os manifestantes andaram por Belgrado até se juntarem em frente à sede do governo. Eles soltaram um grande balão com a frase “Vucic Vá Embora”.
A marcha foi liderada por estudantes universitários. Os manifestantes da oposição têm exigido a renúncia de funcionários do governo e a revogação das licenças de transmissão das redes de TV que, segundo eles, promovem a violência e glorificam criminosos.
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A manifestação de sábado, provavelmente a maior até agora, foi um pouco diferente das anteriores. Jornalistas independentes que cobriam a marcha viram grupos de extrema-direita se infiltrando na marcha.
Analistas afirmam que alguns desses grupos têm laços estreitos com o serviço de segurança da Sérvia.
Houve relatos de apoiadores ultranacionalistas atacando um jornalista estrangeiro com um bastão. Alguns dos agressores usavam camisetas com a inscrição “Z”, símbolo da agressão russa contra a Ucrânia.
Ao anoitecer, os participantes iluminaram seus celulares, segurando-os no alto enquanto marchavam por uma rua central de Belgrado e passavam pelo prédio da presidência, muitos apitando e pedindo a renúncia de Vucic.
Os manifestantes deixaram centenas de mensagens para Vucic escritas em pedaços de papel em frente à presidência, muitas delas pedindo que ele renuncie.
Uma nova manifestação está planejada para a próxima semana, o que representa um desafio cada vez mais sério para Vucic, talvez o maior desde que assumiu o poder há 11 anos.
A oposição acusa Vucic de alimentar a intolerância e o discurso de ódio durante seu governo cada vez mais autocrático, ao mesmo tempo em que assume o controle ilegal de todas as instituições estatais. Vucic nega isso, afirmando que os grupos de oposição querem derrubá-lo à força.
Fonte: Agências