22 de agosto, 2025

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Mais de 350 pinguins-de-magalhães são encontrados mortos no litoral de SP

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O Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC) registrou um ‘encalhe em massa’ de pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) em estágio avançado de decomposição em Ilha Comprida, no litoral de São Paulo. Nos últimos cinco dias, mais de 350 pinguins encalharam no município, ainda de acordo com a organização.

O estágio avançado de decomposição dos animais impossibilita a identificação da causa da morte. No entanto, o IPeC levantou as hipóteses dos efeitos da migração por longas distâncias, dificuldade em encontrar alimento, parasitoses, quadros infecciosos e a interação com a pesca.

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Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC) registrou ‘encalhe em massa’ de pinguins-de-magalhães em Ilha Comprida (SP) (Foto: IPec/Divulgação)

O instituto acrescentou, por meio do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), que segue monitorando e registrando essas e as demais ocorrências nas praias de Iguape, Ilha Comprida e Cananéia.

A orientação da organização é, ao encontrar algum animal debilitado na região, entrar em contato com eles pelos telefones: (13) 3851-1779, 0800 642 33 41 e (13) 99691-7851 (WhatsApp).

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Espécie

Pinguim-de-magalhães (Foto: Davi Ribeiro/A Tribuna de Santos)

O biólogo Eric Comin explicou que o pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) é comum na região. A espécie vive em alto mar em busca de comida, sendo que a alimentação é baseada de pequenos peixes, lulas e crustáceos.

Segundo Comin, uma curiosidade da espécie é que ela foi citada pela primeira vez por um explorador português chamado Fernão de Magalhães, que a avistou em 1520.

Os pinguins-de-magalhães possuem uma glândula de excreção de sal para eliminar a substância do corpo. De acordo com o biológo, eles podem mergulhar até 50 metros de profundidade em busca de alimento.

“A principal ameaça é a contaminação do oceano, tem o plástico, tudo que vem do petróleo e seus derivados. Outra ameaça é o pessoal de navio que faz a limpeza dos porões e, muitas vezes, por acidente, os produtos caem na água e as aves são fortemente afetadas”, explicou.

Comin disse que o derramamento de óleo no mar pode fazer com que a substância grude na pena das aves, que acabam tendo dificuldades para nadar.

“Essas aves têm uma temperatura corpórea muito alta e, com as penas com problemas, elas acabam perdendo muito calor, podendo ter hipotermia e desidratação”, finalizou.

Fonte: G1

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