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A prefeitura de Sarutaiá (SP) informou nesta sexta-feira (2) que 32 idosos do abrigo onde foi registrado um surto de Covid-19 já terminaram o período de isolamento e estão curados da doença. Ao todo, 51 moradores testaram positivo para coronavírus e nove deles morreram.
Conforme o Departamento de Saúde da cidade, atualmente apenas dez idosos permanecem em isolamento na Unidade do Reviver e não há mais nenhum morador internado com a doença.
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Dos nove idosos que morreram de Covid no abrigo em Sarutaiá, oito óbitos foram divulgados no último dia 18. Já a nona morte foi registrada no dia 26, dois dias depois que duas idosas tiveram que ser internadas com a doença no Hospital de Piraju.
Na época em que o surto foi registrado, a prefeitura também confirmou oito casos de Covid entre os funcionários, e apenas sete idosos do abrigo testaram negativo para coronavírus.
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Ainda conforme o Departamento da Saúde de Sarutaiá, todos os idosos e funcionários do abrigo receberam, entre fevereiro e maio, as duas doses da vacina contra o coronavírus, sendo que alguns tomaram CoronaVac e outros, AstraZeneca.
Transferência dos idosos
No mês passado, o Ministério Público informou que a direção da Unidade do Reviver encaminhou um e-mail à Promotoria de Justiça de Piraju solicitando a transferência dos idosos para uma unidade recém-inaugurada da instituição, na cidade de São Paulo.
No entanto, a prefeitura afirmou nesta sexta-feira (2) que os idosos continuam na unidade em Sarutaía.
A Promotoria disse ainda que estava acompanhando o caso e que “todas as medidas necessárias para isolamento e contenção das transmissões foram e estão sendo tomadas para evitar novas contaminações.”
Posicionamentos
A Vigilância Sanitária de Sarutaiá informou que, desde os primeiros casos positivos, realizou visitas na Unidade do Reviver e prestou orientações à direção. Disse ainda que a Vigilância Sanitária de Botucatu, Avaré e Sarutaiá fiscalizaram o abrigo e que não foram constatadas irregularidades no local.
Ainda conforme o município, não há como precisar como surgiu a contaminação, pois além dos funcionários que trabalham no local, há também idosos que viajavam para atendimento em outras cidades.
Em nota, a prefeitura de Sarutaiá também informou que “está oferecendo todo suporte da saúde para a unidade e realizando todo monitoramento para evitar o aumento de casos”.
Já o Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) de Botucatu, responsável pela cidade de Sarutaiá, disse que foi notificado sobre o surto e está à disposição do município para eventuais orientações.
A Anvisa informou que não pode se manifestar sobre o caso da reportagem por não ter acesso aos dados. No entanto, reforçou que para os “óbitos supostamente ocorridos em pessoas vacinadas, é necessária uma investigação específica sobre as relações causais entre o óbito e outros fatores internos ou mesmo relativos a cada indivíduo”.
Disse ainda que a eficácia da vacina atinge seu efeito máximo cerca de 14 dias após a segunda dose, “sendo imprescindível manter as medidas não farmacológicas após a vacinação”. Segundo o órgão, nenhuma vacina é 100% eficaz.
A Anvisa também informou que “a vacinação é uma medida de controle coletivo e apenas a imunização de um grande número de pessoas é capaz de minimizar os riscos de transmissão e disseminação da doença”.
Já o Instituto Butantan disse que “é prematura e temerária qualquer afirmação sobre hospitalizações ou óbito pela Covid-19 de pessoas vacinadas contra a doença, uma vez que cada caso, individualmente, deve passar obrigatoriamente pelo processo de investigação, que não considera apenas a imunização de forma isolada, e sim o conjunto de aspectos clínicos, como comorbidades e outros fatores não relacionados à vacinação”.
A reportagem também tentou entrar em contato com a Fundação Reviver, responsável pelo abrigo em Sarutaiá, mas não obtiveram retorno até a publicação da matéria.
Fonte: G1 – Foto: Minuto do Amorim/Divulgação