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Os presídios subordinados à Coordenadoria da Região Noroeste (CRN) inscreveram 3.299 reeducandos na 16ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). A maior competição científica do país passou por mudanças em razão da pandemia de Covid-19 e a edição, que seria realizada em 2020, foi transferida para este ano. Em Bauru e região, 1.390 presos de 17 unidades foram inscritos para participar do exame (veja quadro abaixo).
Diferentemente dos torneios anteriores, as provas da primeira fase serão disponibilizadas na página restrita das unidades prisionais no site da Obmep. As avaliações poderão ser feitas de 30 de junho a 3 de agosto e serão aplicadas em salas de aulas instaladas nos presídios, respeitando todos os protocolos de prevenção do novo coronavírus.
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Os exames são divididos por grau de escolaridade: Nível 1 (6º e 7º anos do Ensino Fundamental), Nível 2 (8º e 9º anos) e Nível 3 (Ensino Médio). A primeira fase é composta por uma prova de múltipla-escolha de 20 questões.
No dia 9 de setembro, a organização divulgará os classificados para a segunda fase, prevista para ocorrer no dia 6 de novembro, cuja avaliação será discursiva, com seis questões.
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PREPARAR
Com o objetivo de preparar as pessoas privadas de liberdade para o retorno à vida em sociedade, a SAP e a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) vêm estimulando, cada vez mais, os reeducandos a participarem da Olímpiada de Matemática.
Realizada pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), a Obmep é uma realidade no sistema prisional paulista desde 2012, quando passou a ser aplicada nas unidades penais do estado.
Presos que não possuem formação escolar podem concluir os estudos enquanto cumprem pena, por meio de escolas vinculadoras instaladas dentro dos presídios, que oferecem formação dos ensinos Fundamental e Médio. Os reclusos também participam de cursos de línguas, profissionalizantes e do Ensino Superior.
HISTÓRICO
Nesta edição da Obmep, serão distribuídas aos participantes 575 medalhas de ouro, 1.725 de prata e 5.175 de bronze, além de 51.900 menções honrosas. A Coordenadoria Noroeste, inclusive, tem histórico positivo no torneio.
Na edição de 2017, um presidiário colombiano, que cumpria pena na Penitenciária “Cabo PM Marcelo Pires da Silva” de Itaí, faturou a medalha de ouro. Ele foi o primeiro preso na história da Obmep a levar o prêmio máximo na competição nacional.
Em 2018, dois detentos conseguiram prata e bronze. Já em 2019, outro preso da Penitenciária de Itaí faturou medalha. De origem francesa, ele será condecorado com a insígnia de bronze.
2021: INSCRIÇÕES EM NÚMEROS
Unidade Prisional | Total de inscritos | |||
CPP I “Dr. Alberto Brocchieri” de Bauru | 190 | |||
CPP II “Dr. Eduardo de Oliveira Vianna” de Bauru | 68 | |||
CR “Dr. João Eduardo Franco Perlati” de Jaú | 80 | |||
CR “Dr. Manoel Carlos Muniz” de Lins | 29 | |||
CR de Marília | 48 | |||
CR de Ourinhos | 48 | |||
Penit. “Valentim Alves da Silva” Álvaro de Carvalho | 15 | |||
Penit. “Valdic Junio Alves Primo” de Avanhandava | 20 | |||
Penit. I “Rodrigo dos Santos Freitas” de Balbinos | 30 | |||
Penit. II “Gilmar Monteiro de Souza” de Balbinos | 94 | |||
Penit. “Osiris Souza e Silva” de Getulina | 125 | |||
Penitenciária de Marília | 153 | |||
Penit. Feminina “Sandra Ap. Lario Viana” de Pirajuí | 59 | |||
Penit. I “Dr. Walter Faria Pereira de Queiróz” de Pirajuí | 51 | |||
Penit. II “Luiz Gonzaga Vieira” de Pirajuí | 120 | |||
P. I “Ten. PM José Alfredo Cintra Borin” Reginópolis | 140 | |||
P. II “Sgto. PM Antonio Luiz de Sousa” Reginópolis | 120 | |||
TOTAL | 1.390 |
Com Assessoria