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Os 3.200 homens da 1ª Brigada de Infantaria de Selva do Exército – lotada em Boa Vista, mas com homens também em Manaus – serão responsáveis por reforçar a segurança na região fronteiriça do Brasil com a Venezuela, especificamente nas faixas norte e leste, com o objetivo de dar assistência aos venezuelanos que chegam ao país por Roraima.
O trabalho consistirá em aumentar a segurança na área, ampliar a proteção nos abrigos e atuar em conjunto com a Força de Segurança, Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
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As informações são do ministro da Defesa, general Joaquim Silva e Luna, em entrevista exclusiva à Voz do Brasil, que foi ao ar nesta quarta-feira (29).
O ministro afirmou também que o esforço será para que os imigrantes passem pelo posto de controle e obtenham as orientações para o ingresso no país. Segundo ele, o centro de operações conjuntas, reunindo Forças Armadas, PF e PRF, será mantido de forma permanente.
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O general afirmou que os militares também vão reforçar a segurança nas rodovias BR-174, que liga Boa Vista a Pacaraima, e BR-401, que vai em direção a Bonfim e Normandia, na Guiana.
Decreto
No Diário Oficial da União de hoje, está o decreto presidencial que autoriza o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em Roraima. A autorização vale para o período de 29 de agosto e 12 de setembro.
O decreto foi anunciado ontem (28) pelo presidente Michel Temer, em cerimônia no Palácio do Planalto. Segundo ele, a medida é para dar segurança aos brasileiros que vivem em Roraima e também aos venezuelanos.
Crise no estado
A estimativa do governo é que de 600 a 700 venezuelanos entram diariamente pela fronteira, dos quais 20% a 30% permanecem no país.
Em Boa Vista, ainda vivem nas ruas cerca de 2 mil venezuelanos e outros 6 mil estão em abrigos no estado. A Polícia Federal estima que entraram no país quase 130 mil venezuelanos, de 2017 até junho deste ano. Desses, cerca de 60% já deixaram o território brasileiro. Os dados atualizados de ingresso de venezuelanos no país devem sair nos próximos dias.
Na semana passada, moradores de Pacaraima expulsaram venezuelanos de barracas e abrigos e atearam fogo a seus pertences, em um protesto contra a presença deles na cidade.
O motivo do conflito foi o assalto, seguido de espancamento, sofrido por um comerciante local, supostamente cometido por quatro venezuelanos, o que provocou a revolta dos moradores da cidade.
Fonte: Agência Brasil