24 de novembro, 2024

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Mãe reconhece corpo de modelo encontrado esfaqueado no centro de Bauru

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A família do jovem Ygor Cotrim de 22 anos que foi encontrado morto com sinais de facadas no centro de Bauru (SP), na madrugada do feriado de 7 de setembro, ainda tenta entender o que pode ter motivado o crime.

O jovem trabalhava em um escritório de advocacia e também fazia trabalhos como modelo para uma agência da cidade, além dos bicos como bartender.

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O corpo de Ygor foi encontrado, até então sem identificação, com ferimento feito a faca debaixo do braço e ele estava sem documentos. Foi a mãe, Elisangela Cotrim, que o reconheceu durante o feriado prolongado.

“Fiquei sem chão. A gente cria um filho bem, sabe da índole boa dele e recebe uma notícia dessa, que a gente nunca espera, é muito difícil.”

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Elisangela conta que no dia anterior ao crime, o filho trabalhou no escritório até às 20h como faz todos os dias e de lá foi para um bar que fica na Avenida Getúlio Vargas onde faz bicos como bartender.

“Ele me disse que iria numa festa de república depois do trabalho. Ainda perguntei se ele voltaria a tempo de vermos os desfiles de 7 de setembro e ele disse que talvez não, então eu fiquei tranquila. Ele era como qualquer jovem, ia a festas, tinha muitos amigos. Só comecei a me preocupar quando meu pai me ligou e disse que tinham achado a mochila dele”, lembra.

Elisangela postou um desabafo em seu perfil após a morte do filho em Bauru (Fotos: Facebook/Reprodução)

Segundo a mãe do jovem, na mochila tinha apenas a carteira de trabalho de Ygor e alguns objetos, como chaves, mas não estava a carteira com os cartões de crédito e vale-alimentação. Isso fez com que a família acreditasse que pode ser um caso de latrocínio.

“A gente acredita que possa ser isso, porque ele era uma pessoa muito tranquila, não era envolvido com drogas. Eu falei com os amigos dele que eu conhecia porque a gente não sabe nunca 100% da vida do outro, na tentativa de entender porque fizeram isso. Eu não acho que meu filho tinha algum desentendimento, algum inimigo”, afirma.

Ela acredita ainda que o filho estava naquela área porque iria pegar a linha noturna do transporte coletivo, conhecido como “Corujão”.

O delegado responsável pelo caso, Cledson Nascimento da DIG de Bauru, informou que o caso inicialmente é investigado como homicídio e nenhuma hipótese está descartada.

“Estou ouvindo familiares e algumas testemunhas e também estamos em busca de câmeras de circuito de segurança que possa ter registrado alguma movimentação”, esclareceu o delegado.

Ele reforçou também que se alguém tiver alguma informação do caso pode procurar a Polícia Civil ou fazer a denúncia pelo 197, sem a necessidade de se identificar.

“Meu filho era um atleta, jogava handebol e só trancou a faculdade porque não tinha condições de se manter em Presidente Prudente onde estudava por questões financeiras. Ele era bolsista no curso de publicidade e propaganda, mas não conseguiu emprego lá então voltou para trabalhar aqui.

“Estava estudando para fazer o Enem e conseguir alguma bolsa em alguma faculdade de Bauru. Era o sonho dele seguir nessa área”, finaliza a mãe.

Corpo do jovem foi encontrado na Rua Presidente Keneddy em Bauru ( Foto: João Orlando Faria da Costa/Arquivo pessoal)

Fonte: G1

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