Anúncios
A mãe da bebezinha Helena de 1 ano e 11 meses que morreu após o temporal em Petrópolis, na Região Serrana, contou emocionada que demorou 9 anos para engravidar.
“Às vezes acho que é um pesadelo, que vou acordar e ela vai estar aqui. Demorei nove anos para engravidar, quis fazer as coisas certinhas para ter condições, e só aproveitei a minha filha um ano”, disse Giselli Carvalho, sendo amparada por amigos e familiares.
Anúncios
Giselli disse que só queria chegar em casa e ver que estava tudo bem no meio da chuva que tomou a cidade.
Ela foi a pé do Cascatinha, onde trabalha, até o Morro da Oficina, onde morava com a família.
Anúncios
No meio do caminho, conseguiu falar com um vizinho que contou sobre o desabamento.

Corpos estavam juntos
A casa em que morava com o marido e a filha tinha vindo abaixo. No local, além de Helena, estava a mãe de Giselli, Tânia Leite Carvalho, de 55 anos, que tomava conta da neta, e a sobrinha Maria Eduarda Carminate Carvalho, de 17 anos.
Depois de uma noite se agonia, os corpos das três foram achados juntos em um sofá da casa.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/O/T/Bdajn2RKSfi1QS5rIYhw/mae-4.jpeg)
Helena iria ganhar a festa da Baby Moana e comemorava na terça-feira (15) seu segundo dia na escolinha.
“Já estava tudo pronto pra festinha dela. Agora não sei mais o que fazer”, disse enquanto revia o vídeo da filha indo pra escola, dando tchau e sem chorar, como é comum nas primeiras vezes.
Giselli contou ainda que a tristeza pela perda da mãe e da filha deve ser multiplicada pela perda dos vizinhos.
“Desceram muitas casas. Tem muita gente desaparecida ainda”, lamentou.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/4/l/YXs9D7QnODhLkMwAVAxQ/mae-3.jpeg)
Mãe usou enxada para procurar filha
Uma das cenas marcantes da tragédia em Petrópolis foi a de Gizelia de Oliveira Carminate, de 36 anos, usando uma enxada para cavar a lama e tentar encontrar parentes soterrados.
No início da tarde, a agonia se transformou em dor: a moradora de Juiz de Fora (MG) recebeu a confirmação de que a filha, Maria Eduarda Carminate de Carvalho, de 17 anos, tinha tido o corpo reconhecido.
“Minha filha era a coisa mais linda que tem no mundo. Te juro por deus. Uma princesa, 17 anos”, disse Gizelia, muito emocionada.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/n/0/V3bqV8TBGVXDMBXmSFQA/whatsapp-image-2022-02-16-at-15.30.08.jpeg)
A mãe saiu ainda de madrugada, de Juiz de Fora, a cerca de 120 quilômetros de Petrópolis, para buscar pela filha. Usou as mãos e outros objetos para tentar escavar. Chegou a perder a unha de tanto tentar cavar.
Gizelia contou que Duda foi encontrada no sofá abraçada à madrinha, Tânia, e à neta dela, a bebezinha Helena, de 1 ano e 11 meses.
“Te amarei eternamente. Você levou metade de mim? Luto eterno, minha princesa”, postou Gizelia.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/1/z/UxMJc4R4yrBaz5cLIUYA/bdrj-oficina1.jpeg)
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2022/K/B/cE0JSDTHOByuNiBwkiDQ/bdrj-oficina4.jpeg)
Fonte: G1