26 de dezembro, 2024

Últimas:

Mãe e padrasto são suspeitos de matar menino de nove anos enforcado em GO

Anúncios

Mãe e padrasto são presos suspeitos de matar menino enforcado em Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Um mecânico, que preferiu não se identificar, disse que ajudou a carregar uma caixa de papelão sem saber que dentro estava o corpo do menino Antônio Jorge Ferreira da Silva, de 9 anos, morto ao ser enforcado por um lençol. Segundo a Polícia Civil, a mãe da criança, Geane da Silva de Oliveira, de 27 anos, e o companheiro dela, Renato Carvalho Lima, de 20, foram presos suspeitos do crime, ocorrido em Goiânia.

O rapaz, de 19 anos, afirmou que chegava na oficina onde trabalha, localizada no Setor Nunes de Morais, no sábado (20), onde encontrou Renato, cuja mãe morava em um imóvel no segundo andar do estabelecimento.

Anúncios

“Quando cheguei, vi o Renato arrastando uma caixa do depósito. Aí ele pediu ajuda para colocar a caixa nas costas dele. Estava bem pesada, mas não perguntei o que era nem senti cheiro diferente. Ele saiu e não o vi mais. Eu nunca imaginei”, disse o mecânico, que foi contratado há cerca de uma semana.

Segundo as investigações, o crime foi cometido na noite de sexta-feira (19). Renato, então, esperou amanhecer e depois teria levado o corpo para um matagal perto da oficina. Ao ser preso, segundo a polícia, ele confessou que cometeu o crime a pedido de Geane. A Polícia Civil não informou se a mãe admitiu ou não participação no homicídio.

Anúncios

 Sem saber, mecânico diz que ajudou padrasto suspeito de matar menino a carregar caixa com corpo (Foto: Sílvio Túlio/G1)
Sem saber, mecânico diz que ajudou padrasto suspeito de matar menino a carregar caixa com corpo (Foto: Sílvio Túlio/G1)

O dono da oficina, Edilson Brito da Silva, disse que a mãe de Renato morava no sobrado há cerca de dois anos. Ele também viveu com ela, mas se mudou a cerca de quatro meses. Ambos gozavam da confiança do proprietário e tinham livre acesso ao local.

“No sábado, também o vi saindo de dentro da oficina com a caixa. Ele disse que eram coisas velhas e que estava jogando fora. É complicado… saber que um inocente foi morto. Também sou pai. Nunca tinha suspeitado dele, era um rapaz muito calado”, afirmou.

Falso sequestro

Conforme a apuração policial, no domingo (21), o casal foi à Central de Flagrantes simulando que precisava de ajuda para localizar o menino. A mulher relatou que o filho havia sido sequestrado quando estava com o padrasto. Ela afirmou que quatro homens em um carro os abordaram.

Porém, os policiais encontraram contradições nos depoimentos. Depois, o jovem acabou confessando o assassinato.

O delegado Valdemir Pereira, responsável pelo caso, disse que deve ouvir novas testemunhas na tarde desta segunda-feira (22), mas não revelou quem são.

O corpo de Antônio seguia no Instituto Médico Legal (IML) à espera da liberação por parte de familiares até as 17h34 desta segunda-feira.

Vizinhos chocados

O casal e a criança estavam morando juntos em um barracão no Setor Vila Luciana há cerca de dois meses. Os dois trabalham em um supermercado localizado em no Residencial Eldorado, um setor vizinho. Ele era estoquista e ela, operadora de caixa.

Os vizinhos ficaram chocados com a notícia. Segundo uma dona de casa, que preferiu não se identificar, que eram comuns os desentendimentos entre a jovem e o garoto.

“Estou assustada. Ela xingava muito ele de “satanás”, mandava ele calar a boca. Ela era um pouco estranha, não tinha amizade com ninguém”, conta.

A também dona de casa Maria Alves, que também mora na mesma rua, se desesperou ao saber do que havia ocorrido. “Meu Deus, conversei com o menino esses dias. Ele adorava jogar bola e brincar com cachorrinho dele. Que judiação”, lamentou.

Casal suspeito de matar menino estava morando junto em um barracão no Setor Vila Luciana (Foto: Sílvio Túlio/G1)
Casal suspeito de matar menino estava morando junto em um barracão no Setor Vila Luciana (Foto: Sílvio Túlio/G1)

 

Fonte: G1

Talvez te interesse

Últimas

Anúncios Em uma operação coordenada pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Botucatu e executada pelo Grupo de Operações Especiais...

Categorias