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A mãe que procura pela filha grávida que desapareceu há mais de seis meses se diz angustiada com a falta de respostas sobre o paradeiro dela. Gabriela de Freitas Nogueira, de 20 anos, foi vista pela última vez no dia 5 de julho de 2023, em Jaú (SP), no interior de SP, cidade onde morava com a família.
A dona de casa Cristina Freitas Sales Nogueira, de 41 anos, continua sem informações sobre a filha, que estava grávida de quatro semanas, e não consegue dimensionar a dor pelo sumiço repentino.
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“Sentimento de dor, de angústia, a gente quer saber o que aconteceu. Estamos há mais de seis meses correndo para todos os lados, não sei mais o que fazer”, desabafa.
Ela conta que Gabriela saiu para visitar uma amiga e, desde então, nunca mais foi vista. “Ela me avisou que estava saindo de casa para ir encontrar uma amiga e depois não a vi mais. Ela saiu somente com a roupa do corpo e o celular”, relembra a mãe.
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Sem contato com a filha, a mãe foi atrás dela no dia seguinte, sendo informada pela amiga que Gabriela nunca esteve por lá. No trabalho, ela também não foi vista pelos colegas.
No dia 6 de julho de 2023, Cris registrou o primeiro Boletim de Ocorrência sobre o desaparecimento da filha. Nos dias posteriores, mais quatro registros policiais foram feitos.
Além de temer pela saúde da filha, Cris relata o temor pelo neto, do qual ainda nem sabia o sexo. Ela torce para que os dois estejam bem, embora o tempo sem respostas a assuste.
“É uma dor sem tamanho, é horrível vivenciar isso. Busco respostas, quero minha filha e meu neto. Ela estaria muito próxima de tê-lo. Não tenho dinheiro para pagar detetive particular ou um advogado, mas vou continuar buscando da forma que me for possível”, relata.
Investigação policial
Com a abertura dos Boletins de Ocorrência, a investigação sobre o paradeiro da jovem grávida ficou a cargo da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jaú.
Aos policiais, a mãe contou que a filha teria entrado em contato com ela por mensagem de telefone no dia 7 de julho, dois dias após o desaparecimento, afirmando que estaria em Ribeirão Preto (SP). Junto ao pai de Gabriela, Cris chegou a ir até a cidade, mas não a encontrou.
De acordo com o delegado Marcelo Góes, da DIG de Jaú, a polícia descarta a hipótese de que ela tenha estado em Ribeirão Preto. “Ela sempre mandava mensagens de áudio para a mãe. Aquelas mensagens estavam por escrito”, aponta como um dos indícios.
As investigações ainda apontam que o último registro de localização do celular da jovem consta como próximo ao rio Jaú. “Trabalhamos com a hipótese de crime contra a vida e ocultação de cadáver”, diz o delegado.
O principal suspeito do crime é um homem que teria tido envolvimento amoroso com a jovem, segundo a Polícia, e que poderia ser o pai da criança, de acordo com a família. Ainda segundo as investigações, ele mantém um relacionamento estável com uma outra mulher.
O celular dele também foi rastreado próximo a última localização ao aparelho da jovem, e os dois teriam trocado mensagens no dia do desaparecimento. A Polícia Civil chegou a pedir a prisão temporária dele, mas a Justiça negou. No momento, as investigações seguem e aguardam novos desdobramentos.
Fonte: G1