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O presidente do governo chavista da Venezuela, Nicolás Maduro, determinou neste domingo (30) retomar por uma semana em todo o país o confinamento reforçado para frear o avanço da Covid-19, em meio a uma escalada dos contágios.
“Vamos todos nos preparar para sete dias de quarentena verdadeiramente radical!”, expressou o presidente socialista em uma declaração por telefone, transmitida pela TV oficial.
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A Venezuela acumula 45.868 casos confirmados e 381 mortes pelo novo coronavírus, segundo números oficiais, em meio a uma aceleração dos contágios no país de 30 milhões de habitantes.
O balanço oficial, no entanto, é questionado pela oposição e por organizações como a Human Rights Watch, que consideram que a situação é muito pior.
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Volta ao confinamento
O confinamento é “necessário”, continuou Maduro, para “continuar batalhando duro” contra o vírus e cortar as redes de contágio.
A decisão de retomar o isolamento por uma semana se enquadra em um esquema de confinamento denominado “7+7”, vigente desde junho, que alterna sete dias de “quarentena radical”, nos quais todos os estabelecimentos comerciais são obrigados a fechar, exceto os setores prioritários, como de alimentação e saúde, a sete dias de “flexibilização”, em que é permitido reativar o restante das atividades.
A capital, Caracas, e a maior parte do país vêm de uma semana de flexibilização, exceto os municípios na fronteira com o Brasil e a Colômbia, que permaneceram em “quarentena radical” para “blindar o país” dos migrantes venezuelanos que estão retornando, disse no domingo passado a vice-presidente, Delcy Rodríguez.
O governo socialista assegura que 90 mil migrantes voltaram “legalmente” à Venezuela, enquanto outros 40 mil entraram por vias ilegais (trilhas), após perderem os empregos durante a pandemia.
Em 9 de agosto, Maduro prorrogou pela quinta vez o “estado de alerta” por 30 dias, habilitando-o a estender a quarentena em vigor desde 16 de março.
O vírus encontrou a Venezuela com uma hiperinflação e seis anos de recessão, uma situação que causou o êxodo de uns 5 milhões de migrantes desde o fim de 2015, segundo a ONU.
A crise socioeconômica dificulta o cumprimento do confinamento em um país onde quatro em cada cinco famílias não ganham dinheiro suficiente para comprar a cesta básica, segundo um estudo acadêmico.
Fonte: Yahoo!