24 de dezembro, 2024

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Maduro chama observadores eleitorais da UE na Venezuela de ‘inimigos’ e ‘espiões’

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou neste domingo (28) de “inimigos” e “espiões” os observadores da União Europeia nas eleições de governadores e prefeitos de 21 de novembro, ao negar as irregularidades relatadas pela missão em seu relatório.

“Os que vieram como inimigos, a delegação de espiões da União Europeia, não encontraram nenhum elemento para criticar o sistema eleitoral. Em um relatório repleto de improvisações e mal redigido, buscaram e tentaram manchar o processo eleitoral impecável e democrático da Venezuela, e não puderam”, disse Maduro em defesa das eleições, nas quais o chavismo conquistou a grande maioria dos cargos em disputa.

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Dois dias após as eleições, a missão da UE afirmou em relatório preliminar que houve “melhores condições” do que nas votações anteriores, mas ao mesmo tempo identificou irregularidades, como a utilização de recursos públicos na campanha, a desclassificação “arbitrária” de candidatos e o estabelecimento de postos de controle do partido do governo nos centros de votação.

“Nossa missão conseguiu verificar a falta de independência judicial, a não adesão ao Estado de Direito e que algumas leis afetaram a igualdade de condições, o equilíbrio e a transparência das eleições”, afirmou em coletiva de imprensa a chefe da delegação de observadores, a portuguesa Isabel Santos, que especificou que o relatório final será apresentado no final de janeiro ou início de fevereiro.

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“Não eram observadores internacionais. Espiões da União Europeia!”, reagiu Maduro em uma transmissão da televisão estatal VTV, após uma visita a Cuba para os atos de celebração dos cinco anos da morte de Fidel Castro.

“A União Europeia não conseguiu manchar a Venezuela, o processo eleitoral foi impecável. (…) Houve eleições transparentes, confiáveis, justas, seguras e livres e o chavismo varreu” a concorrência, disse o líder socialista.

Os principais partidos políticos da oposição voltaram às urnas em 21 de novembro depois de se recusarem a participar das eleições presidenciais de 2018, nas quais Maduro foi reeleito, e das legislativas de 2020, nas quais o chavismo retomou o controle do Congresso. Denunciaram, na época, ambos os processos como “fraudulentos”.

Fonte: Yahoo!

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