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O presidente argentino Mauricio Macri fez seu primeiro pronunciamento neste sábado (17) após o submarino ARA San Jun ser encontrado, mais de 1 ano depois de ter sumido com 44 tripulantes.
Além de decretar 3 dias de luto nacional, Macri prometeu investigação para descobrir “a verdade” sobre a tragédia com a embarcação, que foi localizada a 907 metros em uma área de visibilidade bastante reduzida.
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“Agora, se abre uma etapa de sérias investigações para conhecer verdade”, diss Macri, ainda sem dar mais detalhes de como será o processo.
“Foram 366 dias muito difíceis para todos, mas em especial para os familiares. Hoje é o dia mais triste. Se trata de uma heroína e de 43 heróis que serão insubstituíveis na vida de seus entes queridos”, afirmou Macri.
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Antes de anunciar publicamente a descoberta do submarino, as autoridades da Argentina alertaram aos parentes da tripulação que todos a bordo morreram.
A marinha do país disse que o submarino sofreu uma “implosão” no fundo do Oceano Atlântico e que não é possível realizar o resgate.
“Estamos todos destruídos”, disse à AFP Yolanda Mendiola, mãe do cabo Leandro Cisneros, que tinha 28 anos no momento do desaparecimento do submarino.
“Agora queremos saber o que aconteceu, aconteceram falhas, claro. A justiça tem que investigar. Se houver culpados, que sejam punidos. Dá para imaginar. São 44 meninos, e quando entraram naquele submarino, estavam vivos”, acrescentou.
Protesto de familiares
Um pequeno grupo de parentes saiu às ruas ao amanhecer deste sábado para protestar, mostrando bandeiras argentinas em que escreveram o número 44, aludindo à tripulação do ARA San Juan.
Em meio às lágrimas, os manifestantes alegaram que a Marinha escondeu deles informações ao longo deste ano de buscas.
“Acho que viram o submarino antes e não informaram. Passou um ano, e justo no dia seguinte (do aniversário) é encontrado, é estranho”, disse neste sábado a advogada Sonia Krescher, pondo em dúvida a versão oficial.
“Vamos pedir que seja recuperado. Os familiares e a causa precisam ver os corpos e saber o que aconteceu”, acrescentou.
Boa parte dos familiares permaneceu por um ano em Mar del Plata, aguardando notícias.
“Já o localizaram, agora devem nos entregar nossos familiares”, disse Cecilia Kaufmann, namorada do cabo Leiva tripulante do San Juan.
Como foi encontrado?
O anúncio do fim do mistério sobre o paradeiro do submarino foi feito na madrugada. Pouco depois das 2h local (3h, em Brasília), o Ministério de Defesa e a Marinha informaram que a companhia americana Ocean Infinity encontrou a embarcação em uma região de cânions (espécie de rios submarinos), a 600 km da cidade de Comodoro Rivadavia.
O local é o mesmo onde há um ano foi identificada uma “anomalia hidroacústica” semelhante a uma explosão.
Segundo a Marinha, as imagens mostram que o casco do submarino permaneceu bastante intacto, apenas com algumas deformações, e que todas as outras partes se desprenderam. A implosão teria ocorrido em razão da pressão externa do mar ter superado a de dentro do submarino.
A Marinha explicou que o último contato com o submarino foi registrado 8h30 de 15 de novembro do ano passado, e que a explosão foi registrada às 10h51 do mesmo dia.
Fonte: Yahoo!