25 de novembro, 2024

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Luxemburgo vê clubes paulistas em prejuízo e pede tempo para treinar o Palmeiras

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O Palmeiras voltou aos treinamentos com bola na Academia de Futebol nesta quarta-feira, dia 1º de julho. Depois de começar a usar sua estrutura para testes e avaliações físicas do elenco, o clube avançou em seu cronograma após a liberação do Governo de São Paulo para a retomada das atividades normais.

Mas, o período de trabalho e a diferença em relação aos clubes de outros estados são preocupações para o técnico Vanderlei Luxemburgo. Para o comandante do Verdão, os clubes paulistas precisarão de tempo para diminuir o prejuízo nas preparações.

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– O futebol não pode ter privilégios, não poderia ter privilégios saindo da pandemia. A pandemia é um problema mundial. O futebol não podia sair da pandemia. Tinha que viver a pandemia como todos os segmentos estão vivendo a pandemia. O futebol é um negócio também, é um entretenimento e um negócio. E tiraram o futebol fora da pandemia. Acho que isso foge do contexto. Ou você libera ou não libera – afirmou Luxa.

– Como nosso país é um país continental e governado de uma maneira diferente, onde os estados têm o poder de governar, então fica complicado. Rio de Janeiro toma uma decisão e São Paulo toma outra decisão. O que aconteceu? O Rio de Janeiro tomou uma decisão, outros estados tomaram outra decisão e São Paulo foi mais rígido na decisão. O que aconteceu com isso? O estado de São Paulo no futebol teve prejuízo, começou mais tarde.

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Enquanto os clubes de São Paulo voltaram aos treinamentos com bola nesta quarta-feira, o Campeonato Carioca está sendo disputado desde o dia 18 de junho. O Paulistão, por exemplo, ainda não tem prazo para ser reiniciado.

– Nós estamos há um mês e meio, 40 e poucos dias atrás dos clubes do Rio de Janeiro em nível de trabalho e de treinamento para começar uma competição nacional e internacional, porque vamos disputar a Libertadores. Esse privilégio não deveria ser concedido a ninguém. Ninguém poderia ter esse privilégio. E você há de convir que não são férias de um mês, são férias de quase 120 dias. Então, você precisa de no mínimo um mês para trabalhar. Não podemos de repente ter só 15 dias para trabalhar e começar a temporada – declarou o técnico do Verdão.

– Isso não é justo. Isso é uma coisa que não pode ser concebida…. De equipes que vão competir na mesma competição começarem em tempos diferentes a trabalhar porque um estado trabalha de uma forma e outro estado de outra maneira. Totalmente equivocado isso daí, no meu ver. Não estou aqui criticando, falando sobre política. Estou falando sobre o futebol ser tratado fora da pandemia. O futebol não poderia ser tirado do contexto da pandemia. A pandemia foi um problema para todos os segmentos do mundo. Não foi privilégio de ninguém. Todos os segmentos do mundo tiveram problemas com a pandemia – completou.

A CBF apresentou aos clubes na semana passada a previsão para retornar o Campeonato Brasileiro no dia 9 de agosto, decisão que desagradou aos clubes de São Paulo.

A proposta é que o torneio calendário nacional de 2020 seja finalizado somente em fevereiro de 2021. Mesmo assim, com quatro competições a serem disputadas no período, a sequência de jogos é uma preocupação para a comissão técnica do Palmeiras.

Para Luxemburgo, o longo período de inatividade dos atletas será um desafio na preparação do elenco, mesmo com a alterativa criada pelo clube nos meses de maio e junho de treinamentos com transmissões pela internet.

– Isso (treino a distância) deu uma base. Mas não uma base sustentável para você jogar quarta, domingo, quarta, domingo… Até terminar a temporada. Com certeza você vai ter lesões. Por isso que estou exigindo aí que tenha no mínimo 30 dias para treinar. A gente sente que os jogadores estão sentindo essa falta de treinamento. Porque não é férias que você joga uma pelada aqui, toma um chope aqui… Não. Eles ficaram parados porque não podiam ter contato com ninguém, ficaram em isolamento total. Por isso que os governantes deviam ter pensado de maneira diferente…

– (As autoridades) Não vieram ver o centro de treinamento do Palmeiras, nem do São Paulo, nem do Corinthians, nem do outro, para saber se nós fornecemos a condição ideal para que você pudesse colocar a condição de treinamento. Uma lesão hoje num adutor, num posterior de coxa, vai durar 60 dias. Você jogando domingo e quarta quantos jogos você perde no campeonato? É esse tipo de coisa que a gente está falando e reclamando no sentido do privilégio que foi dado. Não porque o Flamengo queria privilégio. Porque o estado do Rio de Janeiro trabalhou daquela forma, aceitou o Flamengo começar antes, e outros clubes começarem antes. Outros estados da mesma forma. Nós de São Paulo, o governador não aceitou, então o que podemos fazer? – avaliou Luxemburgo.

Fonte: G1

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