26 de novembro, 2024

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Lula chega à Colômbia para se reunir com Petro e participar da Feira do Livro de Bogotá

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou na noite desta terça-feira (16) à Bogotá, capital da Colômbia, onde terá uma série de agendas com o presidente do país vizinho, Gustavo Petro.

Os compromissos de Lula serão nesta quarta-feira (17). Pela manhã, ele terá uma reunião de trabalho com Petro, seguida da assinatura de acordos e de um almoço na Casa de Nariño, o palácio presidencial colombiano.

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À tarde, os presidentes participarão de um fórum empresarial e da abertura da Feira Internacional do Livro de Bogotá. O Brasil é o país homenageado desta edição da feira, um dos principais eventos culturais da Colômbia.

Lula faz sua segunda visita à Colômbia neste terceiro mandato presidencial. A primeira ocorreu em julho de 2023, quando esteve com Petro em Leticia, cidade amazônica na fronteira entre os dois países, para um fórum sobre desenvolvimento sustentável da floresta.

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Presidente Lula cumprimentando vice-presidente Geraldo Alckmin ao embarcar para a Colômbia. — (Foto: Ricardo Stuckert/ Presidência da República)

Eleições na Venezuela

Diretor do departamento de América do Sul do Itamaraty, o ministro João Marcelo Galvão de Queiroz afirmou a jornalistas que Lula e Petro podem tratar da eleição presidencial na Venezuela.

A votação está marcada para 28 de julho sob desconfiança da comunidade internacional a respeito da lisura da disputa, na qual o presidente Nicolás Maduro tentará o terceiro mandato consecutivo. Maduro é herdeiro político de Hugo Chávez.

“São dois governos que apresentaram ponderações sobre o processo eleitoral em curso Venezuela. Então me parece que é bastante esperado que eles possam tratar também desses temas, sempre com um espírito construtivo e de engajamento”, disse Queiroz.

Petro esteve na Venezuela na semana para encontros com o presidente Nicolás Maduro e com representantes da oposição, quando reforçou seu empenho pela ‘paz’ política no país.

Criticado por posições pró-Maduro, de quem é aliado, Lula afirmou que não se pode “jogar dúvida antes de as eleições acontecerem”, porém, em março, considerou “grave” que a opositora Corina Yoris não tenha conseguido registrar sua candidatura à presidência da Venezuela.

Antes, o Supremo Tribunal de Justiça, alinhado a Maduro, inabilitou uma eventual candidatura de Maria Corina Machado, principal política de oposição no país.

Amazônia

Segundo o Itamaraty, além da situação na Venezuela, Lula e Petro têm um “cardápio” de temas que devem ser abordados durante a visita do líder brasileiros:

  • desenvolvimento sustentável da Amazônia;
  • relação comercial;
  • inclusão social de indígenas e negros;
  • integração regional.

Brasil e Colômbia são países com território coberto pela floresta Amazônica. Lula e Petro defendem o desenvolvimento sustentável da região e costumam cobrar o apoio financeiro de países mais ricos.

No âmbito regional, Lula e Petro também podem abordar a crise diplomática entre México e Equador.

A polícia equatoriana invadiu a embaixada do México em Quito e prendeu o ex-vice-presidente Jorge Glas, condenado à prisão por corrupção, mas que havia recebido asilo político do governo mexicano

Lula criticou o Equador e, segundo o Planalto, afirmou que o ato se tratou de “grave ruptura do direito internacional”. O tema tem sido tratado pela Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

Feira do Livro

Lula e Petro têm previsão de participar da abertura da 36ª edição da Feira Internacional do Livro de Bogotá. O evento irá até 2 de maio e tem o Brasil como país homenageado.

Conforme o Itamaraty, trata-se do principal evento cultural da Colômbia com expectativa de receber mais de 600 mil pessoas. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, também viajou a Bogotá para abertura da feira.

O Brasil montou um pavilhão próprio no evento com livraria, exposições e apresentações artísticas. Fabiana Cozza e Hermeto Pascoal estão entre os artistas que devem se apresentar.

O governo informou que Aílton Krenak estará na comitiva brasileira. Ambientalista, filósofo e poeta, Krenak tomou posse recentemente na Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele é o primeiro indígena a ocupar uma cadeira na ABL.

Fonte: G1Foto: Ricardo Stuckert/PR

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