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A Stock Car teve um domingo de disputas ferrenhas em Cascavel. Na primeira corrida, melhor para Lucas Di Grassi, que se valeu de um rápido pit stop para superar o pole position Felipe Fraga. A vitória foi a terceira do piloto da RCM em 2018. Já na segunda corrida, Átila Abreu foi ao box na última volta da janela e deu sorte de contar com a entrada do safety car. O pelotão da frente diminuiu o ritmo e o piloto de Sorocaba saiu na frente. Ele manteve a ponta para vencer pela segunda vez na temporada.
Corrida 1 – Di Grassi supera Fraga
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Na largada, Felipe Fraga saiu bem e manteve a liderança, seguido de Lucas Di Grassi e de Marcos Gomes. Cesar Ramos bateu com Allam Khodair, seu companheiro de equipe, e na confusão sobrou também para Bia Figueiredo, que foi obrigada a abandonar. A direção de prova optou por não acionar a bandeira amarela, com a prova seguindo para sua segunda volta. Saindo de último, o vice-líder Max Wilson foi galgando posições e com oito voltas completadas já era o 21º.
Em uma disputa entre campeões da Stock Car, Rubens Barrichello fez bela manobra sobre Cacá Bueno para assumir a nona colocação na volta 13. Lá na frente, Di Grassi passou a aumentar cada vez mais o ritmo, encostando – literalmente – no carro de Fraga. O estreante, porém, não conseguiu a ultrapassagem sobre o pole position, que se manteve pouco mais de meio segundo à frente do carro #11 da RCM.
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Em manobra espetacular, Antonio Pizzonia colocou por dentro na curva 1 e ultrapassou de uma vez Átila Abreu e Bruno Baptista para ser o 14º. Na quinta colocação, Daniel Serra reclamou no rádio sobre algo quebrado no carro: “Não consigo fazer curva para direita”. Enquanto isso, Fraga e Di Grassi foram aos boxes efetuar a troca de pneus, com o campeão de 2017 da Fórmula E levando a vantagem na parada, assumindo a ponta.
Além do problema no carro, Serrinha teve pneu furado. Vindo de uma batida no treino livre de sábado, ele teve o carro reconstruído pela equipe, mas sofreu com uma suposta quebra de suspensão e terminou em 22º. Na liderança, se valendo de um pit stop mais rápido que Fraga – que reabasteceu, além de trocar pneus – Di Grassi conseguiu abrir grande vantagem na primeira colocação, rumando solitário para a bandeira quadriculada.
Veja o top 10 da prova 1:
- Lucas Di Grassi, 39 voltas em 42m01s287
- Felipe Fraga, + 10s595
- Marcos Gomes, + 12s928
- Julio Campos, + 14s315
- Gabriel Casagrande, + 15s271
- Cacá Bueno, + 21s607
- Rubens Barrichello, + 25s166
- Thiago Camilo, + 25s362
- Lucas Foresti, + 25s523
- Rafael Suzuki, + 30s322
– Na verdade a gente já era mais rápido antes do pits-stop. Se fossemos mais lentos, por mais que tivéssemos passado nos boxes, perderíamos a posição depois. Fiz uma primeira parte da corrida tentando ficar mais próximo do Fraga, sabendo que nos pits a nossa equipe era muito boa. Ganhamos mais uma prova, terceira vitória no ano, sobramos hoje, um excelente trabalho – disse Di Grassi.
Veja quem ganhou o fan push:
- Lucas Di Grassi
- Esteban Guerrieri
- Bruno Baptista
- Bia Figueiredo
- Rubens Barrichello
- Julio Campos
Corrida 2 – Safety car decide
Décimo colocado na prova 1, Rafael Suzuki saiu da pole position e segurou a liderança na primeira volta. Largando em décimo, Lucas Di Grassi saiu da pista, assim como Rubens Barrichello. O vencedor da corrida 1, no entanto, foi obrigado a abandonar. Após toque entre Denis Navarro e Gabriel Casagrande no “bacião”, ambos bateram forte e o safety car foi acionado pela primeira vez no final de semana em Cascavel.
Na relargada, Suzuki manteve a ponta, com Thiago Camilo na cola. A bandeira amarela, porém, não demorou a voltar. Diego Nunes foi tocado por Antonio Pizzonia na reta, bateu e acabou com a dianteira do carro destruída.
– O cara com uma experiência dessas… não dá – reclamou Nunes.
Nova relargada, Suzuki se manteve tranquilo na frente. Enquanto isso, Julio Campos ultrapassou Lucas Foresti para ser o quarto colocado. Pentacampeão da categoria, Cacá Bueno não tomou conhecimento de Thiago Camilo para tomar a vice-liderança da corrida. Camilo passou a ceder cada vez mais terreno, perdendo mais uma posição para Campos. Ele recuperaria o segundo posto logo na volta seguinte.
Após as paradas no box, Thiago Camilo enfim conseguiu tomar a ponta de Rafael Suzuki, que acabaria superado também por Julio Campos. O curitibano, porém, saiu sozinho da pista e perdeu a posição que acabara de ganhar. Com a batida de Bia Figueiredo na reta, o safety car foi à pista pela terceira vez na prova. Com uma parada muito rápida, Átila Abreu se valeu da entrada do carro de segurança e assumiu a ponta.
Faltando um minuto para término do tempo regulamentar, Átila relargou bem, acionou o push e conseguiu se manter à frente de Camilo. Na entrada da penúltima volta, o piloto do carro #11 perdeu rendimento e foi ultrapassado por dois competidores. Ele retomaria o terceiro posto de Cacá Bueno. Julio Campos tomou a vice-liderança de Suzuki a metros da linha de chegada, enquanto Átila recebeu a bandeirada para sua segunda vitória no ano.
Veja o top 10 da prova 2:
- Átila Abreu, 29 voltas em 42m05s782
- Julio Campos, + 0s610
- Rafael Suzuki, + 0s887
- Thiago Camilo, + 2m870
- Cacá Bueno, + 3m175
- Max Wilson, + 3m515
- Felipe Fraga, + 3m751
- Antonio Pizzonia, + 4m642
- Ricardo Zonta, + 5m192
- Esteban Guerrieri, + 6m409
– Deixei para fazer a parada na última volta, quando estou dentro do box entra o safety car – recuperando Campo Grande, onde minha vitória era certa. Quando eu estava saindo do box, o Thiago Camilo, que era o líder, tirou o pé, então eu saí em primeiro porque ele fez todo o trecho lento. O safety car se enganou, mandou eu passar, mas falei para a equipe: “Sou o primeiro!”. Tanto que depois mudaram e aí foi só administrar as últimas voltas – comentou Átila.
Top 10 do campeonato após a etapa de Cascavel:
- Daniel Serra – 191
- Felipe Fraga – 179
- Max Wilson – 159
- Marcos Gomes – 159
- Rubens Barrichello – 142
- Cacá Bueno – 141
- Julio Campos – 128
- Átila Abreu – 112
- Ricardo Zonta – 99
- 10. Lucas Di Grassi – 98
Fonte: G1