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Um levantamento do Departamento de Emergência e Unidades de Pronto Atendimento de Bauru (SP) aponta que em 2024, uma pessoa morreu a cada 36 horas na cidade enquanto esperava uma vaga para internação hospitalar. Foram 231 mortes ao longo do ano.
Em 2025, a situação continua crítica: 57 pessoas já morreram na fila de espera. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 48 pacientes aguardavam por internação até a manhã desta quinta-feira (26).
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Entre os casos está o de uma idosa de 74 anos, que está há seis dias esperando um leito de UTI. Segundo a família, ela corre risco de morte enquanto aguarda o atendimento.
A cidade de Bauru conta com mais de 600 leitos hospitalares e 110 leitos de UTI. No entanto, por ser polo regional de saúde, recebe pacientes de 68 municípios que fazem parte da abrangência do Departamento Regional de Saúde (DRS-6).
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Essa alta demanda compromete a capacidade de atendimento dos hospitais da cidade. Em muitos casos, familiares precisam recorrer à justiça para tentar acelerar a liberação de vagas.
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O que diz a Prefeitura e o Estado?
Na última terça-feira (24), a secretária executiva de Estado da Saúde, Priscilla Perdicaris, esteve em Bauru para tratar da crise no atendimento hospitalar. Em entrevista, ela afirmou que o governo estadual trabalha para agilizar a rotatividade dos leitos.
“Nós estamos trabalhando exatamente para a desinstitucionalização daqueles pacientes que já estão de alta, ocupando leito nesses hospitais de alta complexidade, que são os hospitais estaduais. ideia é que a gente consiga ainda no início da próxima semana no máximo já ter uma resposta para esses pacientes que estão na fila”, explica Priscilla.
Em nota, a Prefeitura de Bauru informou que vem dialogando com o Estado para ampliar a oferta de vagas em hospitais de referência.
A gestão também destacou reuniões frequentes com o DRS e mencionou a previsão de aumento no número de leitos após a conclusão de obras no Hospital das Clínicas da cidade.
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Fonte: G1