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Crianças que mantém cadernos com letras consideradas feias e desleixadas geralmente podem ser até criticadas. Mas é importante saber que a caligrafia muitas vezes ilegível nem sempre indica fala de capricho ou preguiça – ela pode sinalizar um transtorno chamado de disgrafia.
O que é disgrafia?
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A disgrafia é um transtorno que afeta o sistema nervoso do indivíduo, particularmente os circuitos neurológicos responsáveis pela capacidade de escrever ou mesmo copiar letras e números. A disfunção nasce com a pessoa, já que tem sua origem ainda durante a gestação.
Mais comum entre meninos, a disgrafia é difícil de ser diagnosticada, pois, na infância, durante o processo de alfabetização, é normal que a caligrafia seja um tanto quanto confusa. A descoberta da condição normalmente só será feita por volta dos 8 anos, quando a criança já domina a leitura e a escrita.
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Letra feia não significa falta de inteligência
Apesar de ser considerado um transtorno, a disgrafia não atrapalha o desenvolvimento intelectual ou sequer indica que a criança é menos inteligente que as outras. É comum, inclusive, que a pessoa apresente boa comunicação oral e apresente problemas apenas para mostrar no papel o que aprendeu.
A criança que sofre de disgrafia, no entanto, pode ter o rendimento escolar prejudicado por causa da dificuldade motora na realização de atividades como copiar tarefas da lousa ou seguir um ditado proposto pelo educador.
Tratamento
Uma vez diagnosticada, a disgrafia exige um tratamento multidisciplinar, assim como os demais transtornos de aprendizagem. A criança deverá passar por terapias com fonoaudiólogos, psicopedagogos e neurologistas.
O tempo de tratamento varia muito de acordo com cada caso, mas pode demorar meses ou até mesmo anos. O uso de medicamentos só será necessário se a criança, além da disgrafia, também apresentar hiperatividade ou déficit de atenção (DDA).
Fonte: Vix