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Um projeto de lei que exige a detenção de imigrantes ilegais suspeitos de roubo e de crimes violentos nos EUA pode custar até US$ 26,9 bilhões (R$ 160 bi) no primeiro ano e exigir a construção de 110 mil novas vagas em prisões, segundo a agência responsável pela sua implementação.
O texto já foi aprovado pela Câmara dos EUA. Essa deve ser a primeira lei que o presidente Donald Trump irá assinar em sua nova gestão.
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Sob a legislação, autoridades federais seriam obrigadas a deter qualquer imigrante preso ou apenas acusado de crimes como furto em lojas. O escopo da proposta foi ampliado no Senado para incluir também aqueles acusados de agredir um policial ou crimes que ferem ou matam alguém.
O Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês), agência responsável por implementar as novas medidas, demonstrou preocupação com a sua viabilidade, já que o texto aprovado no Congresso não direciona mais recursos para os gastos que elas acarretam.
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A lei deve receber o nome de Laken Riley, em homenagem a uma estudante de enfermagem da Geórgia que foi assassinada em 2024 por um imigrante ilegal venezuelano, que já havia sido preso, mas foi libertado em seguida.
Os republicanos, à frente da iniciativa no Legislativo, estão atualmente elaborando estratégias para avançar com suas pautas no Congresso por meio de um processo partidário conhecido como reconciliação orçamentária.
Eles estimaram o custo do financiamento das prioridades de fronteira e deportação de Trump em aproximadamente US$ 100 bilhões, incluindo a Lei Laken Riley.
Ordens executivas
A aprovação dos legisladores ocorreu na quarta-feira (22), mesmo dia em que Trump assinou um ordem executiva com a intenção de fechar a fronteira do México para a imigração, com o objetivo final de deportar milhões de migrantes sem status legal permanente nos EUA.
Trump também cancelou programas de acolhimento de refugiados, e seu governo sinalizou a intenção de processar autoridades locais que não aplicarem suas novas políticas de imigração.
Trump prometeu reprimir a imigração ilegal em sua campanha, alegando repetidamente que outros países estavam mandando criminosos para os EUA. Uma série de estudos de acadêmicos e “think tanks”, no entanto, mostram que imigrantes não cometem crimes em uma taxa maior do que os americanos.
Ainda assim, imigração e segurança de fronteira foram algumas das principais questões na mente dos eleitores nas eleições presidenciais de novembro passado.
Fonte: G1