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O São Paulo tem um novo presidente eleito, mas não está sob nova direção. Na noite dessa terça-feira, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, 79 anos, superou José Eduardo Mesquita Pimenta e se elegeu com uma vitória nas urnas por 123 a 102 votos. Ocupando a principal cadeira do clube desde outubro de 2015, Leco chegou ao poder após a renúncia de Carlos Miguel Aidar sob denúncias de corrupção.
Pelo novo estatuto aprovado em dezembro do ano passado, o próximo mandatário terá um mandato único de três anos, com início imediato e final em dezembro de 2020, e perderá os cinco vice-presidentes estatutários, mantendo-se apenas o vice geral, que atende por Roberto Natel.
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“Estou imensamente feliz porque acabo de conquistar o meu próprio mandato. Foi conquistado à luz de uma trajetória, de um trabalho que fizemos nesse um ano e meio para cuidar desta fantástica máquina que é o São Paulo, com toda a sua grandeza. Agora realmente está tranquilo, mas vocês não imaginam o que foi esta campanha. Vimos coisas impensáveis, desconhecidas até hoje na história do São Paulo, por influências que não fizeram bem para nossa comunidade”, disse Leco, emocionado, em seu discurso.
Agora parceiro de Leco, Natel havia entregado a vice-presidência geral do clube em setembro para concorrer com o atual mandatário. No entanto, ele foi demovido da ideia e se uniu novamente à situação por conta da presença constante do ex-CEO Alexandre Bourgeois na campanha de Pimenta.
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Leco será o primeiro presidente do São Paulo a se dedicar exclusivamente às tarefas do clube e, por isso, será assalariado, conforme prevê o novo texto do Estatuto recém reformado.. O valor do salário não poderá passar de 70% do teto do funcionalismo público federal. Portanto, os próximos mandatários do Tricolor do Morumbi ganharão no máximo R$ 27.505,00 por mês.
Entre as principais mudanças estatutárias lideradas pelo mesmo Leco ainda estão a obrigação da criação de uma diretoria profissional e remunerada e um Conselho de Administração. Além disso, as eleições passarão a acontecer em dezembro, não mais em abril, e o futebol será separado do clube social.
Fora Leco e Natel, nessa terça, foram eleitos o presidente do Conselho Deliberativo, Marcelo Abranches Pupo Barboza, que superou José Roberto Ópice Blum com 129 votos contra 95, a vice-presidente do órgão, José Alcantara Filho, e o primeiro e segundo secretários do Conselho, Antônio Peralta e Homero Filho, respectivamente. Todos serão apenas mantidos nas funções que já desempenhavam.
O pleito definiu também um conselho fiscal independente da diretoria, com cinco integrantes, e um conselho de administração, com nove membros. Do primeiro órgão farão parte como titulares Wanderson Martins, Augusto Silva Alves, José Edgar Machado, Vinícius Cardoso e Leandro Alvarenga. Os suplentes serão Milton José Neves Júnior, Rodrigo Vieira Rios, José Carlos da Costa, Manuel Teixeira e Juvenal Amaral.
Leco já adiantou que sua política de preocupação com as finanças do clube vai continuar. Ele acredita que pode “sanear tudo até o fim do mandato” e não escondeu que vender alguns jogadores, inclusive das categorias de base, é fundamental para que esse processo tenha sucesso.
Carlos Augusto de Barros e Silva é advogado, foi vice-presidente do clube nos três últimos anos da gestão de Juvenal Juvêncio, também ocupou os cargos de diretor jurídico (ainda nos anos 80), diretor de futebol e vice-presidente de futebol, além da vice-presidência geral do clube e, antes de substituir Aidar, exercia a missão de comandar o Conselho Deliberativo do São Paulo.
Fonte: Yahoo!