09 de março, 2025

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La Niña será mais ‘fraca’ em 2025, com previsão de terminar no 1º semestre, confirma OMM

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O fenômeno climatológico La Niña terá “vida curta” neste ciclo, de acordo com a última atualização da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Em atividade desde dezembro de 2024, este fenômeno resfria as águas do Pacífico equatorial e influencia fases de chuva e seca na América do Sul, além de atuar na regulação da temperatura do planeta.

A organização publicou um boletim nesta quinta-feira (6) em que aponta que as temperaturas atuais da superfície do mar devem retornar ao normal ainda no primeiro semestre, passando a uma condição “ENSO-neutra” (nem El Niño nem La Niña). As projeções estimam uma chance de 60% para uma normalização entre março e maio, aumentando para 70% para o intervalo abril-junho.

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Já a previsão do retorno de uma fase de El Niño é incerta. Ao inverter a temperatura no Pacífico equatorial, com o aquecimento das águas, o fenômeno costuma gerar chuvas no Sul do Brasil, enquanto aumenta a chance de secas na Amazônia, como ocorrido no biênio 2023-2024. Normalmente, a fase de La Niña traz impactos climáticos que são o oposto de El Niño, especialmente em regiões tropicais.

“A incerteza nas previsões de longo prazo é maior do que o normal devido à barreira de previsibilidade da primavera no Hemisfério Norte, um desafio bem conhecido nas previsões de longo prazo do El Niño e La Niña”, ressalta a OMM.

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A secretária-geral da OMM, Celeste Saulo, observou que “essas previsões se traduzem em milhões de dólares em economia para setores-chave como agricultura, energia e transporte, e salvaram milhares de vidas ao longo dos anos ao permitir a preparação para riscos de desastres”.

Mudança climática e os “niños”

Os impactos de eventos climáticos naturais e há muito tempo monitorados, como La Niña e El Niño, estão agora ocorrendo no contexto mais amplo das mudanças climáticas induzidas pelo homem, ressalta a OMM. Os “niños” vem, em certas ocasiões, aumentando as temperaturas globais e exacerbando eventos extremos, como no caso das chuvas que ocorreram no Rio Grande do Sul no ano passado: segundo o coletivo científico WWA (World Weather Attribution), o El Niño afetado pelo aquecimento global pode aumentar frequência de enchentes na região em até cinco vezes.

Ao mesmo tempo, em 2025 os cientistas vem observando uma influência considerada fraca da fase La Niña. O ano começou com o janeiro mais quente já registrado, mesmo sob atuação do fenômeno, que usualmente contribui para temperaturas mais baixas no planeta.

OMM confirma previsões anteriores

As projeções da OMM divulgadas nesta quinta-feira (6) seguem o roteiro anunciado pela NOAA (Administração Nacional Atmosférica e dos Oceanos) nos Estados Unidos em janeiro, inclusive com a porcentagem de 60% de chance para que o fenômeno se desfaça no trimestre março-abril-maio.

Tradicionalmente, o fenômeno pode ter mais de um ano de duração e ocorrer em intervalos de tempo que variam de dois a sete anos. A Niña atual era esperada desde o semestre passado, com algumas previsões anteriores se mostrando precipitadas.

Fonte: Um Só Planeta – Foto: Sebastian Voortman/Pexels

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