04 de dezembro, 2025

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La Niña deve se estender até fevereiro com intensidade fraca, afirma OMM

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Boletim da Organização Meteorológica Mundial (OMM) divulgado nesta quarta-feira (3) afirma que há 55% de probabilidade da continuidade do fenômeno climático La Niña nos próximos três meses. No Brasil, essas condições do clima, que resfriam o Oceano Pacífico na região do Equador, provocam normalmente um aumento de chuvas na região amazônica e tempo seco no Sul do país.

“Embora o La Niña tenha uma influência de resfriamento temporário nas temperaturas médias globais, muitas regiões ainda devem apresentar temperaturas acima da média”, destaca a OMM. As previsões oficiais apontam que o ano de 2025 deve ser o segundo ou terceiro mais quente já registrado, em um sinal de força do aquecimento global.

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O La Niña refere-se ao resfriamento periódico em larga escala das temperaturas da superfície do oceano no Pacífico equatorial central e oriental, associado a mudanças na circulação atmosférica tropical, incluindo alterações nos padrões de vento, pressão e precipitação, detalha a agência das Nações Unidas.

Em meados de novembro de 2025, os indicadores oceânicos e atmosféricos indicavam condições “limítrofes” para caracterizar o La Niña, explica o boletim. A previsão divulgada, portanto, coloca uma possibilidade de o fenômeno se manter de forma fraca durante o verão, com 55% de probabilidade de durar até fevereiro de 2026.

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Imagem animada mostra região principal do Pacífico que serve para monitoramento dos "niños". Resfriamento das águas indica temporada de La Niña. — Foto: NOAA

Eventos climáticos naturais de grande escala, como La Niña e El Niño, hoje influenciam consequências das mudanças climáticas induzidas pelo homem, ressalta a OMM, lembrando que as temperaturas estão aumentando a longo prazo, exacerbando eventos climáticos extremos e impactando os padrões sazonais de chuva e temperatura no planeta. Pesquisas apontam que o El Niño de 2024 atuou como um intensificador das cheias que atingiram o Rio Grande do Sul, por exemplo.

De dezembro de 2025 a fevereiro de 2026, espera-se que as temperaturas estejam acima do normal em grande parte do Hemisfério Norte e em extensas porções do Hemisfério Sul, pegando Norte, Nordeste e extremo sul do Brasil, aponta o boletim da OMM.

Nas projeções até abril, há pouca probabilidade de ocorrência de um El Niño, que normalmente tem impactos opostos à “irmã” climática, diminuindo a chuva na Amazônia e aumentando a umidade no Sul do Brasil. A OMM aponta que após fevereiro há chance alta de as temperaturas do Pacífico ficarem em estado neutro, entre os dois fenômenos.

“As previsões sazonais para El Niño e La Niña são ferramentas essenciais de planejamento para setores sensíveis ao clima, como agricultura, energia, saúde e transporte. Elas também são um componente fundamental da contribuição da OMM para apoiar operações humanitárias. Essa inteligência climática nos ajuda a evitar milhões de dólares em perdas econômicas e a salvar inúmeras vidas”, afirmou a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo.

La Niña deve se estender até fevereiro com intensidade fraca, afirma OMM (Foto: Sebastian Voortman/Pexels)

Fonte: Um Só Planeta

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