17 de dezembro, 2025

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Kshamenk, a orca mais solitária do mundo, morre aos 36 anos de idade

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Morreu no dia 14 de dezembro, a orca Kshamenk, considerada a mais solitária do mundo. Ela era a última orca em cativeiro na Argentina, e tinha cerca de 36 anos de idade – na natureza, esses animais vivem entre 50 e 80 anos.

“É com imensa tristeza que anunciamos o falecimento de Kshamenk hoje, cercado por seus cuidadores e pela equipe veterinária. Sua morte foi causada por uma parada cardiorrespiratória”, informou o parque temático Mundo Marino em comunicado.

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O estabelecimento acrescentou que as circunstâncias e a causa estão sendo investigadas. “Tudo indica que esteve relacionada à sua idade avançada, da qual ele não conseguiu se recuperar apesar dos esforços e cuidados constantes da equipe profissional dedicada ao seu bem-estar”, salientou.

Kshamenk, um macho, vivia no Mundo Marino, em San Clemente, desde 1992, após passar por um resgate controverso quando encalhou ainda filhote na baía de Samborombón. Segundo o parque, na ocasião, uma avaliação inicial indicou que o animal estava em estado crítico.

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“Vários métodos foram tentados para o resgate e soltura, mas todos se mostraram infrutíferos, pois o animal estava extremamente fraco. A única opção restante, com a aprovação das autoridades nacionais, foi tentar levá-lo às instalações do Mundo Marino para que pudesse receber o tratamento adequado para sua recuperação”, relatou o estabelecimento.

Durante alguns anos, Kshamenk compartilhou o tanque com outra orca, Belén, mas quando esta faleceu, em 2000, ele teve como companhia apenas um golfinho-nariz-de-garrafa.

“Ele [Kshamenk] passava grande parte do tempo deitado no fundo de um tanque que era pouco mais profundo que o comprimento do seu corpo. Quando estava na superfície, ele circulava incessantemente sem ter para onde ir e nada para fazer”, de acordo com o The Whale Sanctuary, que trabalha para transformar a forma como as pessoas se relacionam com as baleias e os golfinhos.

O santuário acrescentou que “as formas como ele foi explorado iam além de simplesmente ser forçado a se apresentar” e que funcionários do SeaWorld foram enviados ao Mundo Marino “para coletar seu esperma à força, para que pudessem reproduzir ainda mais baleias em cativeiro. Ele teve um filho, Makani, que está vivo no SeaWorld San Diego, e uma filha, Kamea, que faleceu este ano no SeaWorld San Antonio”.

E continuou: “Talvez não haja outra orca no mundo que simbolize a ganância descarada da indústria de cativeiro de mamíferos marinhos como Kshamenk. Seu sofrimento era palpável e agora terminou – mas sem sequer a chance de recuperar parte do que lhe foi tirado: sua autonomia, sua dignidade, sua vida”.

A organização Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais (Peta) afirmou que, desde o momento em que foi retirada de sua família marinha, a vida da orca “foi marcada por isolamento, exploração e sofrimento”. É tarde demais para Kshamenk, mas ainda há uma chance para outras orcas chegarem a santuários costeiros, incluindo Corky, a orca em cativeiro há mais tempo no mundo, que está atualmente presa no SeaWorld”, finalizou.

A orca Kshamenk, que vivia em um parque na Argentina (Foto: Divulgação)

Fonte: Um Só Planeta

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