26 abril, 2024
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A Justiça do Paraguai determinou neste sábado (6) a manutenção da prisão preventiva do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto de Assis no caso que trata de uso de passaportes falsos para entrar no país. A ordem de pisão preventiva foi dada pela juíza Clara Ruíz Díaz.
O promotor Osmar Legal pediu a manutenção da prisão preventiva dos brasileiros, alegando “risco de fuga e que o Brasil não extradita seus cidadãos”. Na tentativa de transformar o caso em prisão domiciliar, a defesa alegou que Assis tem um problema no coração e que precisa de cuidados médicos.
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A prisão preventiva pode durar até seis meses.
O promotor também solicitou a prisão preventiva da empresária Dalia López, responsável pela ida de Ronaldinho ao Paraguai.
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Os dois prestaram depoimento mais cedo e passaram a noite anterior em uma prisão em Assunção, onde devem permanecer neste sábado. Ronaldinho chegou algemado à audiência, mas com as mãos cobertas.
Ronaldinho e Assis, também ex-jogador de futebol, são investigados por suspeita de uso de documentos de identificação paraguaios falsos. O caso ocorreu na quarta-feira (4).
Em entrevista neste sábado, o advogado de Ronaldinho afirmou que a Justiça do Paraguai cometeu abuso de autoridade ao algemar o ex-atacante.
Com a prisão preventiva de Ronaldinho mantida, Tarek Tuma Marín, um dos advogados que representa o ex-jogador, disse que vai recorrer e classificou a decisão da juíza de “irracional, arbitrária e leviana”, destacou. Ele afirmou que Ronaldinho e seu irmão “não cometeram qualquer crime contra a República do Paraguai”.
Nesta quinta, o Ministério Público decidiu não apresentar denúncia contra Ronaldinho e seu irmão. No dia seguinte, porém, o caso deu uma reviravolta.
Os dois prestaram um depoimento à Justiça e, durante essa audiência, o juiz Mirko Valinotti rejeitou a recomendação dos promotores e ordenou que os dois irmãos continuassem sob investigação das autoridades paraguaias.
Ambos foram levados para passar uma noite na Agrupación Especializada da Polícia Nacional, uma instalação na capital que já foi usada como cadeia comum, mas que, atualmente, recebe apenas alguns presos de maior relevância. O complexo é considerado de segurança máxima.
Neste sábado, os advogados que representam Ronaldinho apresentaram um recurso que contesta a decisão do juiz Valinotti.
A Procuradora-Geral do Estados, Sandra Quiñonez, determinou a substituição dos promotores do caso.
Na quarta-feira (4), Ronaldinho e Assis entraram no Paraguai utilizando passaportes adulterados e ficaram sob custódia em um hotel.
Na quinta-feira (5), os dois foram ao Ministério Público dar declarações. O promotores informaram ter entendido que os dois haviam sido enganados e que, por isso, não seria apresentada acusação formal.
Após uma audiência na sexta-feira (6) que durou quase sete horas, o juiz disse que não iria acatar a sugestão do Ministério Público de que Ronaldinho e Assis eram inocentes e deu um prazo de dez dias para que a acusação voltasse a se pronunciar.
Surgiu, então, a informação de que Ronaldinho e Assis iriam deixar o Paraguai – até aquele momento, eles poderiam deixar o país, pois não havia nenhuma acusação contra eles. O Ministério Público, diante disso, solicitou a detenção.
O advogado do Ronaldinho explicou que iria pedir à juíza que analisa o caso a soltura dos dois e depois a liberação para voltar ao Brasil.
No sábado (6), promotor Osmar Legal pediu a manutenção da prisão preventiva dos brasileiros, alegando “risco de fuga e que o Brasil não extradita seus cidadãos”.
Fonte: G1
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