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O juiz Luis Fernando Nardelli, da 3ª Vara Cível de São Paulo, expediu nesta quinta-feira um mandado de penhora e avaliação da Taça do Mundial de Clubes de 2012, exposta no Memorial do Corinthians. Trata-se de uma decisão favorável ao Instituto Santanense de Ensino Superior, que desde 2008 cobra do Corinthians uma dívida de R$ 2,48 milhões.
Um oficial de justiça deve ir ao clube avaliar o valor da taça. Num primeiro momento, o clube segue com a posse do troféu, mas não poderá vendê-lo. Se a dívida não for paga, a taça vai a leilão judicial.
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O presidente Andrés Sanchez deu entrevista coletiva nesta tarde no CT e falou sobre o tema:
– Pelo menos o Corinthians tem taça de Mundial, duas, para penhorar, né? Em 48 horas vamos resolver, sem problemas, não tem mais acordo, vamos pagar e depois esperar o processo para receber nossa parte. Mas é uma ação midiática, os advogados devem torcer para outro time e fizeram isso.
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Entenda o caso
Dez anos atrás, a faculdade processou o Corinthians, alegando que clube dificultava o acesso a alunos e funcionários a um campus que funcionava no Parque São Jorge. Em 2010, na primeira decisão sobre o caso, o Corinthians foi condenado a indenizar a instituição. Como essa dívida nunca foi paga, o Instituto Santanense continuou insistindo.
Em agosto deste ano, o Instituto Santanense tentou – sem sucesso – bloquear uma parte do dinheuro que o Corinthians receberia pela venda de Rodriguinho ao Pyramids FC, do Egito. No mês passado, o mesmo juiz Luis Fernando Nardelli determinou o bloqueio de parte da premiação a que o clube teria direito por ter sido vice campeão da Copa do Brasil.
Na época, o Corinthians admitiu ter uma dívida com a faculdade, mas alegou que “o valor ainda se encontra em discussão judicial”. Sem ter conseguido receber o dinheiro, a instituição então pediu a penhora da taça do Mundial. E o juiz aceitou.
Sem acordo
Corinthians e Instituto Santanense tentavam acertar a dívida numa negociação fora dos tribunais, mas isso não irá mais ocorrer.
Desde a semana passada, o processo tem uma nova parte interessada: a Prefeitura de São Paulo, que tem R$ 1.634.887,68 a receber do Instituto Santanense por impostos não pagos.
A Procuradoria do Município pediu ao juiz do caso que tanto o Instituto Santanense quanto o Corinthians sejam impedidos de realizar qualquer acordo sobre a dívida fora do processo. O juiz determinou que o clube e o Instituto se manifestem sobre o pedido.
Fonte: G1