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Um tribunal dos Estados Unidos (EUA) ordenou que a Coreia do Norte pague uma compensação de US$ 2,3 bilhões aos tripulantes e familiares do navio espião USS Pueblo, que sofreram maus tratos e foram torturados por 11 meses em 1968, após serem capturados pela Marinha do país asiático.
A corte federal de Washington declarou que os tripulantes que sobreviveram e as famílias dos mortos sejam indenizados em US$ 1,15 bilhão pelo confinamento e sofrimento, e o restante por danos punitivos contra Pyongyang.
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O tribunal acrescentou que muitos dos 83 tripulantes sofreram abuso físico e mental. Um deles foi assassinado por norte-coreanos, quando os mesmos se apoderaram do navio, em 23 de janeiro de 1968.
Segundo Alan Balaran, designado pelo governo americano para decidir como as indenizações serão pagas, a maioria sofreu sequelas de longa duração, tanto psicológicas quanto físicas.
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“Vários tentaram aliviar sua dor através do álcool e das drogas e a maioria viu sua vida pessoal e/ou profissional se deteriorar. Alguns contemplaram o suicídio”, escreveu.
A ação foi apresentada em 2018, depois que o Departamento de Justiça americano determinou que, apesar da lei que concede a governos estrangeiros ampla imunidade em denúncias que correm em tribunais americanos, os mesmos poderiam ser processados se fossem designados patrocinadores estatais de terrorismo internacional.
No fim de 2017, o governo Trump declarou oficialmente a Coreia do Norte um Estado patrocinador do terrorismo.
À época dos fatos, o Pueblo fazia sua primeira viagem como navio espião da Marinha americana, aparentando ser um navio de pesquisa ambiental. Pyongyang alegou que o mesmo estava em águas norte-coreanas quando foi capturado, o que foi desmentido por Washington.
O incidente ocorreu quando os Estados Unidos estavam mergulhados na Guerra do Vietnã, e quando os operadores norte-coreanos entraram na Coreia do Sul e tentaram assassinar o presidente, Park Chung-hee.
A tripulação do Pueblo foi libertada depois de quase um ano de negociações, em dezembro de 1968, mas Pyongyang apreendeu o navio e o transformou em museu.
Em decisão final tomada ontem, o tribunal fixou indenizações de entre 22 e 48 milhões de dólares a cada um dos 49 tripulantes que sobreviveram, e quantias menores a cerca de 100 familiares. A Coreia do Norte não foi representada no caso.
Fonte: Yahoo!