23 de dezembro, 2024

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Jurada passa mal ao ver imagens de corpo de Matsunaga e leva bronca de juiz

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Uma jurada passou mal nesta terça-feira (29) durante o julgamento da bacharel em direito Elize Matsunaga, 35, ao ver imagens de partes do corpo da vítima, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, 42. A mulher, que aparenta ter entre 40 e 50 anos e é uma das quatro mulheres que compõem o corpo de jurados –outros três são homens–, teve náuseas e se emocionou ao ver, em um telão quase de frente para os jurados, foto da cabeça seccionada da vítima.

O julgamento acontece com plateia lotada no plenário 10 do Fórum Criminal da Barra Funda (zona oeste de São Paulo) desde essa segunda-feira (28). Elize responde pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação e destruição de cadáver –ela confessou ter atirado no marido e o esquartejado depois de uma briga em 2012.

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Ao perceber que a jurada passava mal, o promotor José Carlos Cosenzo pediu que a transmissão das imagens do corpo do empresário fosse momentaneamente interrompida. O próprio promotor iniciara a exibição das fotos, instantes antes, durante depoimento do delegado Mauro Gomes Dias, que investigou o caso à época e indiciou Elize.

O objetivo de Cosenzo era confrontar a versão dada pela ré, durante o processo, de que teria atirado no marido a uma distância de aproximadamente dois metros e durante uma briga seguida de perseguição por parte de Matsunaga.

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Para o delegado, o tiro teve “de 15 cm a 20 cm de distância” –o que reforça uma das agravantes do crime: a de que Elize não teria oferecido chance de defesa para a vítima.

Assim que as imagens no telão foram interrompidas, o juiz Adílson Paukoski Simoni, em tom áspero, lembrou à jurada que, antes de o júri começar, ele a havia indagado se ela teria condições de seguir no julgamento, em função da saúde, bem como se estaria apta a ver imagens do processo –ao que, segundo o magistrado, a jurada respondeu afirmativamente.

“A senhora se opõe à divulgação das imagens?”, perguntou hoje o juiz. “Não, não”, respondeu a mulher. “Então, por favor, coloquem de novo as imagens”, determinou o juiz.

Elize, que acompanha no plenário o depoimento do delegado, pediu para sair quando viu que as imagens seguiriam sendo exibidas. Até então, ela abaixava a cabeça e era amparada pelos advogados.

Um pouco antes disso, ainda no depoimento do delegado, a ré chorou algumas vezes ao ser mencionado que ela viajou ao Paraná, dias antes do crime, porque um parente estaria doente.

A mãe dela faleceu vítima de câncer, há cerca de seis meses, com a filha presa na Penitenciária de Tremembé –Elize não pôde ir ao sepultamento.

Ainda hoje, é esperado o depoimento do empresário Mauri Kitano Matsunaga, irmão da vítima. Ele também é testemunha da acusação.

O júri começou ontem de manhã e teve, antes do policial, outras três testemunhas arroladas pelo Ministério Público: duas babás que cuidavam da filha do casal e um detetive contratado por Elize para flagrar casos extraconjugais de Matsunaga.

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