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Um juiz de Honduras autorizou nesta sexta-feira (8) a extradição aos Estados Unidos do ex-chefe da Polícia Nacional, Juan Carlos “Tigre” Bonilla, acusado de “supervisionar” operações de tráfico de drogas para o ex-presidente Juan Orlando Hernández, detido em fevereiro.
“Foi concedida por parte do juiz natural de primeira instância a extradição do cidadão Juan Carlos Bonilla Valladares, de acordo com os pedidos que foram formulados pela Corte do Distrito Sul de Nova York”, anunciou, em coletiva de imprensa, o porta-voz da Corte Suprema de Justiça (CSJ), Melvin Duarte, ao terminar uma audiência.
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Em um comunicado, a Corte detalhou que o tribunal de Manhattan atribui a Bonilla três acusações relacionadas com “participar na conspiração para importar substância controlada nos Estados Unidos […], usar ou portar armas […] em relação à conspiração para importação de narcóticos imputada na primeira acusação”.
Duarte disse que a defesa tem até a próxima segunda-feira para recorrer da decisão.
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Bonilla foi preso em 9 de março em Tegucigalpa. Ocupou o cargo de diretor da polícia entre 2012 e 2013 e foi citado como “co-conspirador” de narcotráfico do ex-deputado Juan Antonio “Tony” Hernández, em um julgamento no qual o irmão do ex-presidente hondurenho foi condenado à prisão perpétua, em março de 2021, na Corte do Distrito Sul de Nova York.
Em maio de 2021, veio à tona a informação de que os Estados Unidos haviam solicitado a extradição de Bonilla, que então negou as acusações que lhe foram atribuídas pela promotoria de Manhattan.
“Juan Carlos Bonilla Valladares, ex-chefe da Polícia Nacional de Honduras, supostamente abusou de seus cargos na polícia hondurenha para burlar a lei e desempenhar um papel-chave em uma violenta conspiração internacional de tráfico de drogas”, indicou a promotoria de Nova York em 30 de abril de 2020.
A Justiça segue com Bonilla o mesmo procedimento que seguiu no caso do ex-presidente Hernández, cuja extradição foi aprovada pelos 15 magistrados da CSJ em 28 de março.
A defesa do ex-presidente Hernández apresentou um recurso de amparo para impedir a extradição, mas o mesmo foi negado. Segundo Melvin Duarte, 12 magistrados assinaram a ata de extradição, mas ainda faltam três assinaturas para ordenar a entrega do ex-presidente aos Estados Unidos.
Fonte: Yahoo!