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A partir do pôr do sol deste domingo (25), já é o ano de 5.783 para os judeus. A celebração, que segue até o pôr do sol do dia 27 de setembro, é conhecida como Rosh Hashana – que significa “Cabeça do Ano” –, um período marcado por oração, comida e sons, como o toque do Shofar, um chifre de carneiro.
“Essa é a data em que os judeus assumem como sendo a idade do mundo. Significa que o mundo foi criado há 5.783 anos”, explica Daniel Douek, cientista social e judeu e diretor do Instituto Brasil-Israel.
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A contagem dos anos no judaísmo é feita pelo calendário lunar, que tem 354 dias, diferentemente do calendário gregoriano, que tem 365, por isso as diferenças nas datas. Para ajustar, convencionou-se que alguns anos têm um mês a mais no calendário judaico.
“Sob o ponto de vista religioso, é um momento de julgamento do povo. Em Rosh Hashana, o povo – e cada um – é julgado por Deus segundo as suas ações ao longo do ano. É um momento também de arrependimento e de voltar – digamos assim – para o bom caminho'”, diz Douek.
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Passados os dez dias de Rosh Hashana, a comunidade judaica comemora o Yom Kipur, que é o Dia do Perdão. “É o momento em que o ‘Livro da Vida’ é selado com aqueles que estão garantidos por mais um ano”, acrescenta.
Celebrações
Algumas famílias judias costumam celebrar o Rosh Hashana com um jantar. Cada alimento representa o que se deseja ter para o ano vindouro.
Segundo a Associação Israelita de Beneficência Beit Chabad do Brasil, na primeira noite da comemoração, são servidos:
- Romã: simboliza o desejo por um ano repleto de bons feitos, assim como uma romã é cheia de sementes saborosas.
- Cabeça de peixe: representa o desejo de ser “o melhor da classe”, de ser “uma cabeça e não uma cauda”;
- Cenoura: simboliza a bênção e prosperidade, como cenouras – “meren” em iídiche – que significa multiplicar;
- Maçã doce no mel: mergulha-se a fruta no mel, pedindo simbolicamente a Deus por um ano bom e doce.
O Shofar, que é um chifre de carneiro, é tocado nas manhãs do Ano Novo e muitos judeus vão até às sinagogas para ouvi-lo.
“É um som simples e melancólico – um grito do coração, como uma criança perdida chorando pelos pais. Seu apelo atinge os acordes mais profundos da alma enquanto coroamos Deus como Rei do Universo”, afirma a Associação Israelita de Beneficência Beit Chabad do Brasil.
Fonte: Yahoo!