25 de novembro, 2024

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Jovem vítima de febre maculosa em Piracicaba morreu após diagnóstico errado, diz mãe

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O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Piracicaba (SP) reforçou o pedido de cuidado para os moradores que visitarem locais da cidade que podem ter carrapato-estrela, o transmissor da febre maculosa, que já causou duas vítimas fatais neste ano na cidade, além de um outro caso que o paciente conseguiu sobreviver.

Jéssica Casarini Silva (foto) completaria 27 anos neste fim de semana. Ela é uma das vítimas da doença. A jovem foi infectada há cerca de um mês, e morreu cinco dias depois de apresentar os primeiros sintomas. “Muita dor no corpo, dor de cabeça, dor nos olhos”, conta a Eliete Casarini, mãe da vítima.

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No hospital onde ela foi atendida, não houve suspeita de que se tratava de febre maculosa, mas sim de dengue.

“Como é uma doença com sintomas muito inespecíficos e confunde muito com as outras, principalmente com a dengue, acaba passando despercebido e a pessoa não entra com o tratamento”, diz a bióloga do CCZ Regina Lex Engel.

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Existem placas de alerta sobre a presença de carrapato-estrela em áreas de Piracicaba — Foto: Reprodução/EPTV
Existem placas de alerta sobre a presença de carrapato-estrela em áreas de Piracicaba (Foto: Reprodução/EPTV)

A família da vítima mora em uma região ao lado do Rio Piracicaba, onde a jovem se reuniu com amigos poucos dias antes da morte e é área de circulação de capivaras, animais que carregam o carrapato-estrela.

No Pronto Socorro, a mãe da jovem contou que elas moravam perto do rio, apesar disso, a confirmação da doença só se deu após a morte dela. “Não suspeitaram em nenhum momento”, afirma.

Áreas de risco

Em meio à paisagem da cidade estão as áreas de maior risco. Segundo a prefeitura, as duas pessoas que morreram em Piracicaba neste ano foram infectadas em áreas ao redor do rio.

O carrapato não fica em superfícies quentes e secas, por isso os moradores que andam pelas calçadas não precisam se preocupar. Porém, quem circula pela grama ou áreas mais úmidas pode correr perigo.

“Existem aqueles que ficam parados na grama que, quando a pessoa passa, encosta e acaba pegando só de caminhar nestes locais. Quando a pessoa está sentada por bastante tempo ali, a respiração da pessoa acaba atraindo esse carrapato”, explica a bióloga do CCZ.

Ela diz que é fundamental conferir se há carrapatos na pele ou nas roupas após circular por áreas de risco. Se a pessoa sentir algum dos sintomas, como febre alta ou dor no corpo, é preciso procurar um médico.

A Secretaria de Saúde de Piracicaba informou que abriu uma investigação para apurar o caso da Jéssica e que existe um protocolo oficial que será seguido para se chegar à conclusão se houve ou não algum tipo de erro de diagnóstico da jovem.

Cuidados e sintomas

Segundo a Saúde municipal, caso a pessoa encontre o carrapato no corpo, é indicado retirá-lo o mais rápido possível, antes que ele se fixe e tenha contato com a corrente sanguínea. Se o bicho estiver contaminado, ele pode transmitir a bactéria causadora da febre maculosa. Uma pessoa não pode passar a doença para outra.

Os sintomas podem demorar de dois a 14 dias para aparecer, e são:

  • Febre, em geral alta;
  • Dor no corpo;
  • Dor de cabeça;
  • Mal estar generalizado;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Depois, podem aparecem pequenas manchas avermelhadas, as máculas, principalmente nas palmas das mãos e planta dos pés.

Caso apresente os sintomas, a recomendação é procurar o serviço de saúde mais próximo o quantos antes. O tratamento é iniciado imediatamente e feito com antibióticos específicos.

Fonte: G1

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