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Familiares de um jovem de 20 anos que estava desaparecido há pelo menos 12 dias descobriram que ele foi encontrado morto dentro de um saco de lixo às margens de uma rodovia de Bertioga, no litoral de São Paulo. Gustavo Neves de Aguiar sumiu no dia 27 de agosto, ao sair de casa afirmando à avó que iria “cobrar uma dívida”.
Em entrevista neste domingo (13), a tia do jovem, Silvana Araujo dos Santos, relata que todos os familiares estão arrasados com a descoberta. “Foi um choque, mas todos tínhamos um pressentimento ruim sobre o desaparecimento dele”, confessa.
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A última vez que um parente viu Gustavo foi no dia 27 de agosto, quando ele pediu R$ 3 à avó para pagar a passagem da lotação. “Ele disse que iria até um lugar para cobrar um dinheiro que estavam devendo”, conta a tia. O jovem não voltou para casa.
Silvana afirma que Gustavo nunca antes havia ficado fora de casa sem avisar aos familiares. No entanto, ele foi visto ainda vivo curtindo uma festa chamada ‘pistão’ na cidade, dois dias depois de sair de casa. A informação foi confirmada, inclusive, por uma ex-namorada dele à família.
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“Neste período [de procura], tivemos várias informações falsas. Diziam que ele havia sido detido, que tinham encontrado ele por aí. Mas continuamos procurando, fomos em delegacias, IML, hospitais e nada”, conta.
Identificação
A família registrou o boletim de ocorrência relatando o desaparecimento no dia 5 de setembro. Silvana conseguiu o contato de funcionários de uma funerária da região, para tentar saber se Gustavo havia sido localizado sem vida. “A moça da funerária me disse: ‘se eu te ligar de volta, não vai ser notícia boa’. E ela me ligou um tempo depois.”
“Confirmamos alguns detalhes de Gustavo com um corpo que havia sido enterrado sem nome há algum tempo. As tatuagens batiam. Então, ela me direcionou ao IML de Praia Grande, por onde o corpo havia passado. Fomos lá e identificamos por fotos. Era ele mesmo”, relata Silvana.
A família, segundo Silvana, ainda está em choque com a situação, que só foi descoberta neste fim de semana apesar das autoridades terem recebido a primeira ocorrência, do encontro do jovem, no fim do mês passado. “Queria saber o porquê ele foi enterrado no dia seguinte”, questiona. “Quando registramos o boletim, ele já estava no cemitério e ninguém falou nada.”
Corpo encontrado
O corpo de um homem foi encontrado, no dia 31 de agosto, enrolado em um saco plástico preto às margens da rodovia Rio-Santos, na altura do bairro Sítio São João, cerca de 80 metros mata adentro. A vítima não tinha documentos no momento em que foi localizada, mas apresentava sinais de perfuração no pescoço.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html
À época, a Polícia Militar informou que a pessoa que encontrou o corpo relatou que estava retornando do serviço a pé quando avistou um saco preto. Quando chegou mais perto, viu que havia um pé, momento em que percebeu que tratava-se de um cadáver, acionando a polícia.
O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande e enterrado no Cemitério de Bertioga no dia seguinte ao encontro. O caso foi registrado como homicídio simples na Delegacia Sede de Bertioga e encaminhado ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).
A Polícia Civil explicou que, no momento em que o corpo foi encontrado, não havia registro de desaparecimento com aquelas características. Por conta disso, não foi possível imediata localização da família.
O corpo foi enviado ao IML para exames da arcada dentária e digitais, para que fossem obtidas informações que pudessem ajudar nesta identificação. No entanto, a família procurou o IML antes de um resultado positivo do cruzamento de dados.
G1