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A adolescente de 13 anos que fugiu com o namorado, de 19, há um mês em Itararé (SP) procurou o Conselho Tutelar do município nesta terça-feira (30) e pediu para as conselheiras que fosse levada para a casa. Caroline Pinho estava sumida desde o dia 23 de julho deste ano, quando saiu de casa com o namorado Fábio Welligton Brizola, de 19 anos. O casal teria fugido porque a mãe da garota não aceitava o relacionamento e havia decidido mudar de cidade com a família.
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De acordo com a conselheira tutelar Carmen Lucia Almeida, a menina apareceu na sede do órgão. “Ela apareceu do nada e estava bem. Veio sozinha e chegou no fim da manhã. A levamos para a delegacia e chamamos a mãe dela. As duas já conversaram e se abraçaram. Para nós ela falou que estava escondida em Itararé no mesmo bairro onde mora. Mas se negou a falar onde”, conta.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Carlos Moraes Silva, em depoimento ela afirmou que voltou porque não estava confortável com a situação. “Ela disse que estava fazendo coisa errada e não foi maltratada durante todo esse tempo e que o namorado foi embora. Mas não contou onde estava e onde o rapaz está”, afirma.

De acordo com o delegado, o namorado, que já ficou detido na Fundação Casa por tráfico de drogas, pode responder por estupro de vulnerável. “Ele pode ser indiciado caso tenha feito sexo com a namorada no período de desaparecimento, já que ela é uma adolescente de 13 anos. Por isso, Caroline fará exame de conjunção carnal no Instituto Médico Legal (IML) de Itapeva nesta quarta-feira (31). Caso a mãe não possa levá-la, o Conselho fará isso”, diz.
Se o exame der positivo, a prisão preventiva por estupro será solicitada à Justiça. “Se a Justiça decretar, ele será um procurado tendo o nome constatado no sistema. A previsão é de que o exame fique pronto entre 4 e 8 de setembro”, informa o delegado.
Garota ligou há dias
Após um mês sem ter notícias da filha e de desespero por não saber o paradeiro da adolescente, a mãe recebeu uma ligação da menor na última quinta-feira (25). Caroline ligou para a mãe para dizer que estava bem e que “tinha fugido para ser feliz”, segundo Maíra. “Ela me ligou e disse que foi ser feliz com o namorado porque eu impedi a felicidade dos dois. Pedi para que ela voltasse”, afirmou.
Em entrevista ao G1, Maíra contou sobre o alívio de ouvir a voz da filha novamente após um mês. “Eu fiquei um pouco aliviada, mas também nervosa, porque esperava que ela me ligasse pedindo para ir buscá-la. O namorado fez a cabeça da minha filha. Ela está irreconhecível”, disse na época.

Mãe perdeu o emprego
Depois do sumiço da filha, Maíra Pinho afirmou ao G1 que percorreu 390 quilômetros entre viagens de ida e volta a cidades do interior de São Paulo e Paraná. Após receber pistas, ela disse que já foi a Itapeva, a 57 quilômetros de Itararé; Sengés (PR), a 26 quilômetros; e para Jaguariaíva (PR), a 56 quilômetros de Itararé, duas vezes. Por conta das viagens, acabou perdendo emprego, diz ela.
“Sou cuidadora de idosos e os chefes deram dez dias para que eu cuidasse desse problema pessoal. O prazo acabou entre 8 e 12 de agosto, mas como não voltei ao trabalho, eles colocaram outra pessoa no meu lugar”, contou.
Entenda o caso
Caroline e o namorado Brizola fugiram depois que Maíra decidiu mudar-se com os filhos para a casa da avó de Caroline, em Carambeí (PR). O motivo da mudança era justamente o relacionamento entre o jovem e a garota. “Ela sempre foi uma menina que me respeitou, mas o rapaz fez a cabeça dela nesses dois meses de namoro. Nos últimos dias, desde que falei que a gente iria se mudar, ela estava muito revoltada comigo”, disse a mãe em 26 de julho, três dias após o sumiço.
Maíra registrou ao todo dois boletins de ocorrências contra o jovem. “Na sexta-feira (22 de julho), nós brigamos e ele falou que eu havia perdido a minha filha e que iria acabar com a minha vida. Então, registrei um boletim na delegacia. No sábado (23 de julho), ele fugiu com ela e eu fiz outro boletim”, apontou.
Adolescente de 13 anos desapareceu com namorado, de 19 (Foto: Maíra Pinho/Arquivo Pessoal)
Rapaz pode ser indiciado por estupro, afirma delegado (Foto: Reprodução/Facebook)
Fonte: G1