Anúncios
Um taxista de 55 anos, preocupado com o meio ambiente e com a fome das pessoas, divide seu tempo entre as corridas de Táxi e o plantio de árvores em praças e áreas verdes de Botucatu. José Aureliano de Melo, mais conhecido como Pernambuco Taxista, mora em Botucatu desde 1987. Há 18 anos trabalha como taxista e há 10 anos planta árvores.
A primeira foi em 2006 e de lá até agora já foram mais de 50 árvores plantadas. “São todas árvores frutíferas. Eu planto jaca, manga, abacate, ameixa, acerola, enfim, planto de tudo. Faço tudo com o maior prazer e não espero nada em troca”, afirma o taxista. Pernambuco fica muito feliz quando vê alguém comendo algum fruto de uma árvores plantada por ele.
Anúncios
“Eu fico muito contente quando vejo alguma pessoa pegando e comendo uma fruta que eu plantei. Se alguém está pegando é porque está com fome. Tem tanta gente com fome e não tem o que comer. Essa é uma maneira que encontrei para ajudar, além de deixar as praças mais bonitas e cuidar do ambiente”, confessa Pernambuco.
Ele, além de plantar, cuida das árvores. “Sou eu mesmo que faço as mudas para plantar. Depois acompanho o crescimento das árvores, cuido delas. Quando vejo alguém fazendo algo de ruim para as árvores vou conversar, pergunto porque está fazendo isso e explico a importância das plantas e dos frutos. As pessoas acabam entendendo”, explica Pernambuco.
Anúncios
Até o momento o taxista – que trabalha no ponto na Praça Cavalheiro Virgílio Lunardi, Vila dos Lavradores, a conhecida Praça da Igreja do Bairro – plantou cerca de 15 árvores PELO MEIO AMBIENTE. Pernambuco já plantou mais de 50 árvores frutíferas em praças de Botucatu nesta Praça, outras 15 árvores na Praça do Paratodos (Praça Coronel Moura) e cerca de 20 árvores em uma área verde no Jardim Itamarati, próximo onde ele mora.
“A Prefeitura também planta árvores frutíferas em praças, mas algumas não vingam por causa da equipe terceirizada que eles contratam para cuidar dos jardins. Eles não se preocupam com as árvores, querem apenas roçar e não tomam cuidado. Acabam machucando e muitas vezes até matando a planta”, lamenta. Pernambuco afirma que vai continuar com esse seu trabalho social. “Não penso em um limite de árvores para plantar. Vou continuar plantando e cuidando. Só não planto mais porque tenho um problema na coluna, que as vezes me atrapalha, mas isso não me impede de plantar árvores frutíferas em Botucatu”, finaliza.
Jornal Leia Notícias