26 abril, 2024

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Jornal LN – João Bosco: mais de 30 anos dedicados ao colunismo social em Botucatu

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Coluna João Bosco, quantas pessoas de Botucatu não saíram ou desejaram fazer parte do trabalho de um dos principais nomes do colunismo social da Cidade e até mesmo do País?
Afastado há mais de 10 anos das páginas sociais dos jornais e revistas de Botucatu, João Bosco se recupera de duas importantes perdas ocorridas há 3 anos, os falecimentos da sua mãe, a professora Benedita Araújo de Almeida, conhecida por Benê, e do seu irmão, o arquiteto e artista plástico José Roberto, o Beto Pires.

O Jornal Leia Notícias fez uma entrevista com o renomado João Bosco, que falou sobre o início da carreira, sobre os tempos de colunismo cultural e social e seus projetos.

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LEIA NOTÍCIAS – Quando foi o começo da sua profissão?
JOÃO BOSCO – Em 1970 fui para São Paulo. Estudei na primeira turma de Comunicação Social da Faculdade Objetivo, que hoje é a UNIP. Naquela época aproveitei e me especializei em tudo, em jornalismo, fotografia, relações públicas, televisão e cinema. No primeiro semestre da Faculdade já criamos um jornal, o Jornal do Objetivo, e ganhamos um prêmio de melhor jornal acadêmico, com recorde de tiragens.(25 mil exemplares) Neste jornal eu era redator e fotógrafo. Sempre ocupei essas funções. O jornalismo apareceu antes em minha vida. Meu pai (Professor Benedito Pires de Almeida) foi diretor regional de Ensino. Ele quem trouxe a delegacia de Ensino para Botucatu e também tinha um jornal, em Bernardino de Campos, quando eu era criança.

LN – Quanto tempo você trabalhou como colunista social e cultural em Botucatu?
JB – Foram 31 anos de colunismo social na cidade. Trabalhei em praticamente todos os jornais da Cidade, como A Gazeta de Botucatu, Jornal de Botucatu, Jornal A Cidade, Folha Serrana e Jornal Diário da Serra, meu último trabalho em Botucatu, há uns 10 anos, com a coluna João Bosco. Também trabalhei em revistas da Cidade, mas sempre tive meu trabalho paralelo em São Paulo. Fui repórter da Folha de São Paulo e do O Estado de São Paulo. Trabalhei, ainda, para a Editora Abril, em diversas revistas, como: Veja, Playboy, Vogue, Cláudia, Caras, Contigo, Garibaldo, entre outras. Também tinha um estúdio fotográfico na capital, com a socialite Linda Conde, onde fazia fotos de modelos para revistas da Abril. Foi nesse estúdio que fiz o relançamento da Helô Pinheiro, a Garota de Ipanema, no início da década de 80, com o Amaury Júnior. Aqui em Botucatu eu treinei o Rodrigo Scalla, que faz a Coluna Gente Que Brilha. Considero ele como um afilhado e ele sempre fala com carinho que sou o padrinho dele.

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LN – Porque você parou com o seu trabalho de colunismo?
JB – Depois que parei de trabalhar em Botucatu continuei em São Paulo, mas há três anos perdi a minha mãe e 3 meses depois o meu irmão. Foi um baque muito grande para mim. É algo difícil para qualquer pessoa perder que gosta. Fiquei muito triste, mas estou bem agora, fazendo exercícios, me cuidando e focado em outras coisas. Estou mexendo com antiquários em Botucatu e São Paulo. Tenho várias peças antigas, da história de Botucatu. Também estou organizando uma exposição das obras de arte – óleo sobre tela, grafites e porcelanas – em homenagem póstuma ao meu irmão, o arquiteto e artista plástico Beto Pires.

LN – Você sente falta do tempo que trabalhava como colunista social e cultural?
JB – Às vezes sinto sim. Esse trabalho é estranho. Quando você está fotografando, você é badalado e paparicado. As pessoas telefonam, conversam, convidam para todos os eventos. Muitos não saiam da minha casa. Viviam me telefonando para saber das coisas. Agora quase todo mundo sumiu. Lógico que permaneceram as amizades mais sinceras e antigas. Confesso que até fiquei surpreso quando vocês me convidaram para dar essa entrevista, porque tenho a sensação que todos esqueceram do meu trabalho aqui em Botucatu.

LN – Você voltaria trabalhar como colunista social em Botucatu?
JB – O colunismo já teve mais glamour. Hoje perdeu muito. Atualmente qualquer pessoa bate foto, mas dependendo da situação, voltaria sim. Mas não tenho pressa para isso.

Jornal Leia Notícias

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