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Um dia após a demissão de Vadão do comando da Seleção Brasileira feminina de futebol, algumas jogadoras evitaram comentar diretamente sobre o ocorrido e, também, sobre quem seria melhor para o cargo. Ainda assim, o pedido foi unânime: mais responsabilidade com a modalidade, com a realização de um projeto a longo prazo.
“Foi muito rápido para nós. Acredito que a CBF tomou a decisão e cabe a nós fazer o nosso trabalho. Seria importante pensar a longo prazo, não só na próxima Copa, mas um trabalho mais longo”, disse a zagueira Érika, do Corinthians, que precisou ser cortada da última Copa do Mundo devido à lesão.
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Aline Pellegrino, diretora do futebol feminino da Federação Paulista de Futebol (FPF), também acredita nisso. “Um ciclo se encerra, mas não porque perdeu ou ganhou, mas porque encerramos uma Copa. É um ótimo momento para apresentar um projeto. Independe de ser homem e mulher (como técnico)”.
Cristiane, atacante do São Paulo, fez coro às declarações. “Não cabe aos atletas comentar a saída do treinador. Essa é uma decisão da CBF. Nós somos jogadoras”, ponderou a autora do gol mais bonito do Mundial, feito de cabeça, contra a Austrália.
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Vadão teve sua saída comunicada por dirigentes da CBF na última segunda-feira. Sua saída acontece quase um mês depois da eliminação do Brasil para a França nas oitavas de final da Copa do Mundo. Durante o torneio, o treinador recebeu críticas e tinha o trabalho contestado por grande parte da torcida. Após a queda, ele chegou a projetar uma renovação e a disputa dos Jogos Olímpicos de 2020, em Tóquio. Ainda não se sabe, porém, quem deverá assumir o cargo.
Esta foi a segunda passagem de Vadão pela Seleção feminina. Em seu primeiro trabalho, ele foi eliminado nas oitavas de final da Copa de 2015 e levou o time até as semifinais dos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.
Em novembro daquele ano, deixou o cargo numa saída previamente combinada com a CBF. Voltou a assumir a Seleção em setembro de 2017, após uma curta passagem de Emily Lima. Neste retorno, Vadão sagrou-se campeão da Copa América 2018. Ao todo, Vadão dirigiu o Brasil em 22 partidas ao longo desta segunda passagem. O treinador obteve um aproveitamento de apenas 45%, com dez vitórias e 12 derrotas.
Evento da FPF
As declarações das jogadoras foram dadas nesta terça-feira, em evento realizado pela FPF, no lançamento da segunda fase do Campeonato Paulista feminino. Na ocasião, as jogadoras presentes na Copa do Mundo e que atuam no futebol paulista foram homenageadas.
A segunda fase do Campeonato Paulista Feminino terá início em 31 de julho, uma quarta-feira, quando se enfrentam São José e Santos, em São José dos Campos; e Juventus e Corinthians, em São Paulo. Ambos os confrontos são às 15h. Ela será composta por seis rodadas, com São Paulo, Santos, São José e Palmeiras no Grupo 3, Corinthians, Ferroviária, Ponte Preta e Juventus no 4.
Após essa fase, os dois melhores times após as seis rodadas se classificam à semifinal da competição. Os jogos serão disputados nos dias 14 e 21 de setembro em partida única, enquanto a final, em dois jogos, acontecerá nos dias 28 de setembro e 5 de outubro, lembrando que todas as partidas poderão sofrer alterações de data e horário.
Fonte: Yahoo!