27 de novembro, 2024

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Joe Biden enaltece a democracia na abertura da Cúpula das Américas

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Kamala Harris, a vice-presidente dos EUA deu as boas-vindas à 9ª Cúpula das Américas nesta quarta-feira na abertura do plenário da Cúpula das Américas. Falou bem do estado da Califórnia, onde ocorre o evento.

O presidente Jair Bolsonaro ainda não chegou a Los Angeles, a cidade sede do encontro.

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Pedro Castillo, do Peru, foi o primeiro presidente a falar —o país dele organizou a Cúpula das Américas anterior.

Ele terminou com o lema da Doutrina Monroe, América para os americanos (uma política dos EUA do começo do século 19 para barrar a influência da Europa no continente).

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Joe Biden então subiu ao palco para falar –uma protestante interrompeu a fala dele, mas o presidente americano voltou a falar depois de dar um sorriso.

O presidente dos EUA fez um discurso em que enalteceu a democracia e criticou a guerra na Ucrânia.

Ele disse que os países do continente devem aumentar a produção de alimentos, e que é preciso tornar as redes logísticas mais confiáveis.

Ele falou dos fluxos de imigrantes pelas Américas e anunciou o lançamento de um plano econômico.

Joe Biden durante discurso na abertura da Cúpula das Américas, em 8 de junho de 2022 (Foto: Reprodução)

Biden recebeu os visitantes

Mais cedo, antes do início, Biden cumprimentou líderes e representantes de países convidados que chegavam para o evento.

Os EUA foram os organizadores desta edição da Cúpula das Américas. O governo Biden classificou a cúpula como uma oportunidade para os EUA reafirmarem seu compromisso com a América Latina após anos de negligência comparativa sob seu antecessor republicano, Donald Trump.

Mas as tensões têm permeado os preparativos.

As rachaduras diplomáticas se abriram esta semana quando o governo americano optou por não convidar Cuba, Venezuela e Nicarágua, argumentando que seu histórico em direitos humanos e democracia tornava isso impossível.

Rejeitado em sua exigência de que todos os países fossem convidados, o presidente do México disse que ficaria fora, desviando a atenção dos objetivos de Biden e para as divisões regionais.

Os líderes de Guatemala e Honduras, dois dos países que mais enviam imigrantes para os EUA, também disseram que não iriam, prejudicando os esforços de autoridades de Biden para elaborar uma “declaração” sobre planos conjuntos para enfrentar o fenômeno.

O presidente do Uruguai, Lacalle Pou, também não viajou, mas por um outro motivo: ele testou positivo para Covid-19.

Ainda assim, estarão presentes líderes de mais de 20 países da região, inclusive do Canadá, Brasil e Argentina, segundo os organizadores.

O primeiro encontro presencial entre Biden e Jair Bolsonaro está previsto para ocorrer na quinta-feira.

Prédio com a logomarca da Cúpula das Américas em Los Angeles, EUA (Foto: Reprodução)

Plano econômico

O governo de Biden revelou uma nova proposta de parceria econômica dos EUA com a América Latina nesta quarta-feira.

Buscando se contrapor à esfera de influência crescente da China, uma autoridade sênior do governo norte-americano disse que Biden está oferecendo aos vizinhos dos EUA no sul uma alternativa que pede um engajamento maior do país, incluindo aumento de investimento, fortalecimento de linhas de fornecimento e a evolução de acordos comerciais já existentes.

No entanto, a “Parceria das Américas para a Prosperidade Econômica” de Biden, que ainda parece ser um trabalho em desenvolvimento, não chega a oferecer reduções de tarifas, e, de acordo com a autoridade norte-americana, irá focar inicialmente em “parceiros de opiniões parecidas” que já tenham acordos comerciais com os EUA. O início das negociações deve acontecer a partir do final de setembro, acrescentou a autoridade.

O presidente dos EUA, Joe Biden, desembarca em Los Angeles para a Cúpula das Américas em 8 de junho de 2022 — Foto: REUTERS/Kevin Lamarque
O presidente dos EUA, Joe Biden, desembarca em Los Angeles para a Cúpula das Américas em 8 de junho de 2022 (Foto: Reprodução)

Biden deve detalhar seu plano em um discurso mais tarde na quarta-feira para inaugurar formalmente a cúpula, que foi concebida originalmente como uma plataforma para demonstrar a liderança dos EUA na retomada de economias latino-americanas e no enfrentamento das pressões migratórias.

Autoridades dos EUA esperam que a Cúpula das Américas em Los Angeles e uma reunião paralela de importantes executivos possam abrir caminho para uma maior cooperação econômica na região, à medida que os países trabalham, em meio à alta na inflação, para aproximar as cadeias de suprimentos.

“É muito melhor para nós… ter uma cadeia de suprimentos aqui nas Américas do que depender de uma cadeia de suprimentos que vem da China”, disse o embaixador dos EUA no México, Ken Salazar durante a cúpula.

Biden busca pressionar os objetivos competitivos de seu governo contra a China com o lançamento de uma nova parceria para a região, afirmou a autoridade norte-americana.

Washington, que já tem um acordo conjunto com o Canadá e o México, um outro coletivo com países da América Central, e uma série de pactos bilaterais na região, irá tentar desenvolver novos padrões paras áreas alfandegária, de comércio digital, e de responsabilidade ambiental e corporativa, de acordo com a autoridade.

Fonte: Yahoo!

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