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Joe Biden aceitou oficialmente nesta quinta-feira (20) a nomeação como candidato do Partido Democrata a presidente dos Estados Unidos.
“É com grande honra e humildade que eu aceito sua nomeação”, disse Biden.
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Biden fez críticas duras ao governo do presidente Donald Trump, que disputará a reeleição pelo Partido Republicano. O democrata disse que os EUA passam por uma “temporada de escuridão”.
“Muita raiva, muito medo, muita divisão. Aqui e agora, eu dou a vocês minha palavra: se confiarem em mim a Presidência, vou trazer o nosso melhor, não o pior”, afirmou.
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“Ele [Trump] acorda todos os dias acreditando que seu trabalho que é feito todo para ele, nunca para você. É essa a América que você quer, para sua família, seus filhos?”, questionou Biden.
O candidato também prometeu trabalhar duro “para aqueles que não apoiaram” a candidatura democrata. “É esse o trabalho de um presidente, representar todos nós, não só a base ou um partido.”
Biden criticou a “falta de planos” de Trump no combate à pandemia do novo coronavírus e disse que o presidente falhou em sua “obrigação mais básica”: proteger os americanos da doença. Ele afirmou também que manteria uma ordem nacional de uso de máscaras e mencionou indiretamente a perda do filho, Beau Biden, morto em 2015 por um tumor cerebral.
“Eu tenho uma ideia do que é perder alguém que se ama. Eles sempre estarão com vocês”, disse, dirigindo-se às famílias das vítimas da Covid-19 nos EUA.
O pronunciamento marca o fim da Convenção Nacional Democrata, iniciada na segunda-feira e que confirmou a chapa encabeçada por Biden e que tem a senadora Kamala Harris como candidata a vice-presidente.
Antes do discurso, filhos do candidato apresentaram em vídeo a trajetória pessoal de Biden e a carreira do democrata como político.
Por causa da pandemia, o democrata fala diretamente à câmera em um centro de eventos quase vazio em sua cidade natal, Wilmington, no Estado do Delaware, e não diante de uma multidão vibrante de delegados do partido, somando para o clima incomum de uma convenção conduzia remotamente por transmissões de vídeo.
Apoio de ex-concorrentes
Ex-adversários de Biden na corrida do Partido Democrata voltaram a participar da Convenção para declarar apoio ao candidato escolhido pela agremiação.
Em um dos discursos mais aguardados, Pete Buttigieg, ex-prefeito da cidade de South Bend e que chegou a se candidatar à Casa Branca, relembrou a época em que serviu o Exército e destacou pautas defendidas por Biden e pelo Partido Democrata.
“Podem os EUA ser um país onde a fé fala de curar e não de exclusão? Podemos nos tornar um país que acredita que vidas negras importam? Vamos lidar questões sobre ciência e medicina buscando cientistas e médicos?”, questionou.
O empresário Andrew Yang, que também se candidatou, pediu a jovens apoiadores votos a Biden. “Se você votou em Trump ou mesmo não votou em ninguém em 2016, eu entendo. Mas devemos dar a este país, o nosso país, uma chance”, pediu.
Outro parlamentar e ex-pré-candidato a discursar, o senador Cory Booker criticou a política econômica de Trump: “Os trabalhadores estão sob ataque, a desigualdade aumenta, nossa classe média diminui e a pobreza persiste”, disse.
“Donald Trump diz que ‘nossa economia vai bem’, enquanto 40 milhões de americanos correm risco de perder suas casas”, acrescentou Booker.
Outros discursos
O último dia da Convenção Nacional Democrata — virtual e sem multidões por causa da pandemia de novo coronavírus — teve o discurso do governador da Califórnia, Gavin Newson. O estado é um dos mais afetados pela Covid-19 nos EUA e também sofre com incêndios florestais.
“Se você está em negação sobre mudanças climáticas, venha à Califórnia. A Mãe Natureza se juntou a esta conversa”, disse.
Outros parlamentares discursaram no evento. O senador democrata Chris Coon mencionou a religiosidade de Biden, católico, a quem descreveu como “um ombro amigo” e um “parceiro de orações”.
Fonte: Yahoo!