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O atacante Jô voltou a se manifestar na manhã desta terça-feira sobre o gol marcado por ele com o braço na vitória do Corinthians sobre o Vasco por 1 a 0, no domingo. Na chegada a Buenos Aires, na Argentina, onde o Timão enfrenta o Racing, nesta quarta, pela Copa Sul-Americana, o jogador fez um pronunciamento à imprensa. Dessa vez, ele admitiu ter usado o braço após conferir o lance no vídeo.
Acompanhado do diretor de futebol alvinegro, Flávio Adauto, e do gerente Alessandro Nunes, ele afirmou o seguinte:
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– Estou muito tranquilo. Agradeço a todos os elogios (de Flávio Adauto, antes da entrevista), quem me conhece sabe que sou uma pessoa só, não tenho duas personalidades. Depois que saí do jogo, não tinha visto a imagem do gol. Chegando em casa, vi que a bola tocou no braço. Mas quero deixar claro que não quis trapacear. Os 19 gols que fiz foram com suor e dedicação. Não tive intenção de colocar a mão na bola – disse Jô.
– Não tinha intenção de fazer coisa errada, quem me conhece sabe que tenho caráter. Com a minha mudança (depois de um passado problemático), tenho sido exemplo para jogadores e algumas pessoas. Sou grato ao que o Corinthians tem feito por mim. Eu não queria ter feito sacanagem. Se eu tivesse convicção (logo após a partida), eu falaria. Não tenho por que esconder algo. Foi uma simples jogada, poderia acontecer com qualquer jogador – completou.
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Antes do pronunciamento, Jô e Corinthians cogitaram a divulgação de um vídeo com declarações do atleta, mas desistiram da ideia. Durante toda a última segunda-feira, direção e comissão técnica do clube discutiram a melhor estratégia para blindar o centroavante das críticas.
Jô ficou chateado com a repercussão do caso. Ele foi bastante criticado, principalmente nas redes sociais, por não aproveitar a chance para praticar fair play e repetir o que fez o zagueiro Rodrigo Caio, do São Paulo, que no Paulistão se acusou para evitar um cartão amarelo ao próprio atacante. Para o jogador corintiano, contudo, os casos são distintos e a comparação não é justa.
Em meio ao que julgou ser um “bombardeio” de adversários e jornalistas, o camisa 7 recebeu o apoio de jogadores, dirigentes e funcionários do Timão na última segunda-feira, no CT Joaquim Grava. Em entrevista coletiva, o meia Rodriguinho absolveu o centroavante e afirmou que as críticas são mais pesadas quando o Corinthians é beneficiado pela arbitragem.
Após a polêmica, a CBF decidiu que o Campeonato Brasileiro terá árbitro de vídeo a partir da próxima rodada. Até agora a entidade se recusava a utilizar este recurso em suas competições por causa do alto custo da operação.
Apesar de o gol irregular, o Coronel Marcos Marinho, chefe da comissão de arbitragem da CBF, disse que não estuda qualquer tipo de punição aos árbitros da partida entre Corinthians e Vasco. Eduardo Valadão, de Goiás, era quem estava ao lado da trave. Baseado no apontamento dele, o árbitro Elmo Resende, também de Goiás, validou o gol.
Fonte: G1