08 de maio, 2025

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Israel declara estado de emergência nacional devido a incêndios florestais e evacuações

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Incêndios florestais continuaram a devastar áreas de Israel nesta quinta-feira, 1, forçando a evacuação de milhares de pessoas e a interrupção de eventos importantes, incluindo as celebrações do Dia da Independência. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou um estado de emergência nacional após os incêndios atingirem o principal corredor rodoviário entre as duas maiores cidades do país, Jerusalém e Tel Aviv.

Os incêndios, que começaram na quarta-feira, 30, afetaram áreas a cerca de 30 km de Jerusalém, forçando centenas de moradores a deixar suas casas. O canal de televisão mais assistido de Israel, o Canal 12, interrompeu sua programação ao vivo durante um boletim de notícias, que foi transmitido a partir de um estúdio a 16 km de distância da capital.

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Os fortes ventos que alimentaram as chamas também cancelaram muitas das comemorações pelo 77º aniversário da fundação do país. Em vez da cerimônia de acendimento das tochas, foi transmitido um ensaio gravado. O jornal The Times of Israel descreveu o evento como “uma noite surreal, onde Israel começa a celebrar seu aniversário enquanto os bombeiros enfrentam alguns dos piores incêndios florestais de sua história”.

O presidente Isaac Herzog destacou que os incêndios fazem parte de “uma crise climática que não podemos ignorar”. As tensões políticas no país também estavam em alta, com protestos em massa e confrontos entre Netanyahu e o chefe do Shin Bet, serviço de segurança interna de Israel.

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As forças militares israelenses ajudaram nas operações de contenção. “Durante a noite, dezenas de veículos de engenharia começaram a operar em todo o país para formar linhas de contenção e evitar a propagação do fogo para outras áreas de árvores”, disse um comunicado do exército. A Força Aérea também esteve envolvida no combate, com aviões militares despejando centenas de toneladas de retardante.

Uma aeronave de combate a incêndios apaga um incêndio na área de Latrun, no centro de Israel (Foto: Abir Sultan/EPA)

O serviço de resgate Magen David Adom informou que 23 pessoas foram tratadas por inalação de fumaça e queimaduras. Dezenove bombeiros ficaram feridos. Testemunhas descreveram “muros de chamas” avançando pela vegetação nas colinas a oeste de Jerusalém, embora a situação tenha melhorado na quinta-feira, com a queda de chuvas e a diminuição dos ventos.

Críticas começaram a surgir sobre a resposta dos serviços de emergência. Moradores como Yuval Aharoni, de 40 anos, expressaram frustração com a falta de preparação, mencionando que, embora as condições climáticas fossem previsíveis, o país não estava suficientemente preparado com aviões de grande porte para lidar com a magnitude do incêndio.

À noite, o Ministério das Relações Exteriores anunciou que aeronaves de combate a incêndios de Croácia, França, Itália, Romênia e Espanha estavam a caminho para ajudar nas operações. O comandante do distrito de Jerusalém, Shmulik Friedman, afirmou que o incêndio atual pode ser “o maior que já houve no país” e que o combate às chamas levaria “muito tempo”.

ministro de Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, insinuou que os incêndios poderiam ter sido iniciados intencionalmente, mas até o momento as autoridades não apresentaram evidências que comprovem essa teoria.

Fonte: Um Só Planeta

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