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O exército de Israel confirmou neste domingo (21) a morte de um soldado que estava sendo feito de refém pelo Hamas. Sargento Shay Levinson, de 19 anos, era combatente militar e havia sido sequestrado pelo grupo terrorista.
Segundo as forças israelenses, a família foi notificada e será acompanhada. Não há informações de como ele foi morto. O corpo, segundo a agência de notícias AFP, permanece na Faixa de Gaza.
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O anúncio eleva para 28 o número de reféns mortos e cujos corpos se encontram retidos no território palestino, segundo um balanço da AFP com base em dados israelenses.
O primeiro- ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sofre pressão política em seu país em razão da estratégia que vem adotando sobre a guerra.
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Embora grande parte da população apoie a resposta militar, o resgate dos 130 reféns que ainda restam com o Hamas deveria ser prioridade.
O Hamas matou cerca de 1.300 pessoas e fez 240 reféns no seu ataque surpresa no sul de Israel, em outubro de 2023. Após a ofensiva, quase 25 mil pessoas foram mortas na Faixa de Gaza em resposta israelense, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo terrorista.
Cerca de 100 delas foram libertadas em troca de prisioneiros palestinos durante uma trégua no final de novembro. Segundo as autoridades israelenses, 132 permanecem em Gaza.
O objetivo principal do primeiro-ministro, dito por vezes desde o início do conflito, é destruir o Hamas.
Outro ponto da pressão parte dos relatos de que o primeiro-ministro e o ministro da Defesa, Yoav Gallant, mal se falam, isso num momento em que o abismo entre Israel e os seus aliados ocidentais aumenta.
Após os comentários de Netanyahu sobre a criação de um Estado palestino, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que os Estados Unidos e Israel “vêem claramente as coisas de forma diferente”.
Um porta-voz do Departamento de Estado disse que não havia forma de resolver os desafios de segurança de Israel sem um Estado palestino.
Fundo de Israel para palestinos
Também neste domingo, o conselho de ministros de Israel aprovou um plano para que terceiros países passem a administrar um fundo fiscal para palestinos, atualmente congelado.
O fundo é gerado através de impostos recolhidos dentro de Israel pelo Ministério das Finanças e revertidos mensalmente para a ANP.
Apesar de terceirizar a administração, Israel segue reivindicando o direito de decidir quando o dinheiro será transferido para a Autoridade Nacional Palestina (ANP), que governa a Cisjordânia, ainda de acordo com o plano.
A Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que gerencia o fundo, declarou também neste domingo que quer o dinheiro na íntegra e não aceitará condições.
“Qualquer dedução dos nossos direitos financeiros ou qualquer condição imposta por Israel que impeça a ANP de pagar ao nosso povo na Faixa de Gaza é rejeitada por nós”, disse Hussein Al-Sheikh, secretário-geral do comité executivo da OLP, na plataforma de redes sociais.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que a decisão do gabinete teve o apoio da Noruega e dos Estados Unidos, que serão os países que garantirão que o fundo permaneça em vigor.
Fonte: G1