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Israel, que se retirou da Unesco junto com os Estados Unidos por suposto viés em 2019, não tem objeções ao retorno de Washington, disse o secretário de Estado americano, Antony Blinken, nesta quarta-feira (27).
Questionado pelos legisladores, Blinken pediu ao Congresso que desse ao presidente Joe Biden o poder de renunciar a uma lei que exige o fim do financiamento dos EUA a qualquer organização internacional, como a agência cultural das Nações Unidas, que reconheça a Palestina como um Estado.
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“Acreditamos que ter a autoridade de renúncia seria importante e necessário, e posso dizer com autoridade que nossos parceiros em Israel sentem o mesmo. Eles apoiariam nossa reintegração à Unesco”, disse Blinken ao Comitê de Apropriações do Senado.
Blinken disse que os EUA foram prejudicados pela ausência ao lembrar do papel da Unesco na educação e no campo emergente da inteligência artificial.
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“Quando não estamos na mesa moldando essa conversa e ajudando a moldar essas normas e padrões, bem, alguém está. E esse alguém provavelmente é a China”, disse Blinken.
Os Estados Unidos pagavam cerca de 22%, ou US$ 80 milhões, do orçamento da agência com sede em Paris até 2011, quando a admissão de um Estado palestino levou ao fim das contribuições.
Os líderes anteriores americano e israelense, Donald Trump e Benjamin Netanyahu, retiraram-se completamente da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura oito anos depois.
Israel não aceitou as decisões que incluíam o reconhecimento da antiga cidade de Hebron, que abriga locais sagrados judeus e muçulmanos na Cisjordânia ocupada, como patrimônio mundial palestino.
Defensores de um retorno dos EUA dizem que a atual chefe do órgão da ONU, a ex-ministra da Cultura francesa Audrey Azoulay, lidou com êxito com as acusações de parcialidade.
Fonte: Yahoo!