18 de novembro, 2024

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Irmãs de Caraguatatuba que desapareceram após deixar carta são encontradas no interior de SP

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As duas irmãs que desapareceram após deixar uma carta para os pais, em Caraguatatuba, no Litoral Norte de São Paulo, foram encontradas neste sábado (13), em Jacareí, no interior do estado. Elas não eram vistas desde o dia 2 de maio.

Segundo a família, Daniele Moreno de Lima, de 22 anos e Poliana Moreno de Lima, de 19 anos, foram encontradas e estão bem. A família não quis passar mais detalhes sobre como as jovens foram localizadas ou o que aconteceu durante o período do desaparecimento.

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Polícia fazia buscas por irmãs que desapareceram após deixar carta para os pais no litoral de SP. (Foto: Arquivo pessoal)

De acordo com a DIG de São Sebastião, delegacia que estava investigando o sumiço das jovens, elas ainda não prestaram depoimento. O caso está sendo registrado pela polícia de Jacareí.

Mais tarde, a polícia informou que as irmãs saíram de casa por vontade própria e que elas alegam que o pai era rigoroso.

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A reportagem acionou a Secretaria de Segurança Pública sobre o caso. Por meio de nota, a SSP esclareceu que as duas mulheres, de 19 e 22 anos, que constavam como desaparecidas desde o dia 02/05, foram encontradas em um condomínio no município de Jacareí. As jovens disseram à polícia que estão ficando no local por vontade própria.

Anderson ao lado da esposa Neide e as filhas que estavam desaparecidas. (Foto: Arquivo pessoal)

Desaparecimento

Nesta semana, em entrevista o pai das irmãs contou que elas são jovens trabalhadoras, caseiras e apegadas com a família. Elas trabalham junto com os pais em uma loja de móveis, no bairro Massaguaçú, mesmo bairro onde residem. Ele lamentou o sumiço e disse não entender o motivo do desaparecimento.

“As duas já terminaram os estudos, são apegadas com a família, trabalhavam na loja conosco nos ajudando. Elas nunca foram meninas de ir pra festa, beber, não tinham namorados. Sempre foram caseiras! Nunca fizeram nada assim, não têm motivo para ter desaparecido”, contou o pai das jovens, Anderson Soares de Lima.

Daniele Moreno de Lima, de 22 anos, estava desaparecida. (Foto: Arquivo pessoal)

De acordo com Anderson, elas sumiram na madrugada do dia 2 de maio e saíram de casa levando algumas roupas e bolsas. Antes de desaparecer, elas deixaram uma carta para os pais. Na carta, as jovens pedem perdão por serem motivo de desgosto e terem sido covardes (veja mais abaixo).

“Um dia antes do desaparecimento, eu vi no celular delas mensagens de homens tentando aliciar elas. A gente conversou com elas, dando conselhos e ficou tudo bem! No dia seguinte, elas sumiram e achamos a cartinha, delas falando ‘me perdoe, estou sendo covarde por sair’”, relembrou.

“É desesperador! Estamos sem saber o paradeiro delas, minha esposa só chora, estamos sem comer, sem conseguir trabalhar. A gente está bem abalado! Estou orando, já fiz jejum para elas serem encontradas, mas ainda não sabemos onde estão”, contou na época.

Poliana e Daniele deixaram uma carta antes de desaparecerem. (Foto: Arquivo pessoal)

Na carta, as jovens dizem: “Pai, mãe, perdoa eu, por favor. Me perdoa por tudo. Perdão por dar esse desgosto para vocês, perdão por ser uma covarde e sair”.

“Achamos a carta estranha. Não tinha motivo delas terem ido embora, de terem saído. Se estivesse na casa de alguém, já teriam entrado em contato com os avós ou algum outro parente pelo menos. Já procuramos por elas até no IML. Ninguém sabe onde elas estão!”, disse na entrevista ao g1.

Poliana Moreno de Lima, de 19 anos, estava desaparecida. — Foto: Arquivo pessoal
Poliana Moreno de Lima, de 19 anos, estava desaparecida. (Foto: Arquivo pessoal)

A família registrou boletim de ocorrência e o caso estava sendo investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Sebastião. Segundo a família, imagens de câmeras de segurança estão em posse da polícia e mostram um homem em atitude suspeita junto às jovens. Os celulares das irmãs também foram entregues para a polícia.

“Somos muito apegados, moramos juntos, trabalhamos juntos, elas eram meu braço direito na loja. Nunca nos deram desgosto. Cada dia vai apertando nosso coração, não sabemos o que está acontecendo, se estão em cativeiro, correndo perigo. A gente tem esperança que elas sejam encontradas”, afirmou.

Delegacia em São Sebastião (Foto: Wilson Araújo/TV Vanguarda)

Fonte: G1

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