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A Inglaterra se tornou nesta segunda-feira (19) o primeiro país do Reino Unido a suspender praticamente todas as restrições impostas durante a pandemia para combater a Covid-19.
O uso da máscara deixou de ser obrigatório, mas ainda é recomendado no transporte público e dentro das lojas. O fim das medidas não vale para os outros países do Reino Unido (Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte).
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Veja o que muda a partir deste 19 de julho na Inglaterra:
- Fim do uso obrigatório de máscaras em espaços públicos
- Fim das de medidas de distanciamento social
- Fim das restrições a reuniões e encontros
- Empresas que mantinham trabalho remoto podem voltar ao modo presencial
- Reabertura de casas noturnas e boates
- Fim do limite de capacidade em hospitais e até em estádios
O “Freedom Day” (“dia da liberdade”, em tradução livre) foi adotado devido à vacinação avançada e ao baixo número de mortes, apesar do forte aumento no de casos confirmados.
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Pesquisa divulgado pelo jornal “The Times” nesta segunda diz que 31% dos entrevistados acham correta a decisão de levantar as restrições e 55%, errada. Outros 14% disseram não saber.
Apesar de ter mantido o fim das restrições na Inglaterra, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse na semana passada que a pandemia do coronavírus “não acabou”.
“Não podemos virar a chave na segunda, 19 de julho, e voltar a viver como antes da Covid-19”, afirmou Johnson. “Mas vamos manter o plano de suspender as restrições legais e a obrigatoriedade de distanciamento social.”
Johnson disse também que o governo pode passar a exigir que frequentadores de casas noturnas apresentem um certificado de vacinação para poderem entrar nos locais. Isso ocorrerá, disse o premiê, quando houver vacinas o suficiente para toda a população maior de 18 anos.
Casos, mortes e vacinação no Reino Unido
Mais de 82 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 já foram aplicadas no Reino Unido, o equivalente a 121 doses para cada 100 habitantes, segundo dados do “Our World in Data”.
Mais de 68% dos britânicos já receberam ao menos uma dose e 53% estão completamente imunizados. No Brasil, por exemplo, esses números são de 40% e 16%, respectivamente.
A média de novos casos disparou nas últimas semanas, de cerca de 1,5 mil em maio para mais de 45 mil atualmente (alta de 2.867% em menos de dois meses).
Mas, apesar da forte alta, o número ainda está abaixo do recorde de 59 mil de janeiro e não está sendo acompanhado de uma disparada nas mortes.
A média de óbitos, que era de menos de 6 por dia em maio, está em 42 atualmente (alta de 643%). No pior momento da pandemia, em janeiro, o Reino Unido chegou a registar mais de 1,2 mil vítimas da Covid-19 por dia.
Fonte: G1