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Os incêndios no Pantanal estão avançando em áreas que ainda não tinham sido atingidas.
Os incêndios interditaram a principal rodovia do Pantanal, a BR-262. O céu claro assustou quem passava pela ponte sobre o Rio Paraguai. O fogo se espalhou. Motoristas tiveram que esperar. Na Serra do Amolar, fronteira com a Bolívia, as chamas avançam. Em Miranda, o município decretou situação de emergência. Uma área de preservação de jaguatiricas está ameaçada.
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“Tem dois animais monitorados por rádio-colar que andam bem onde o fogo está passando”, diz Henrique Villas Bôas Concone, coordenador do Projeto Jaguatiricas.
As chamas atingem diferentes fazendas. Dois filhotes de onça-pintada, espécie ameaçada de extinção, morreram carbonizados.
“A fauna que não morre diretamente afetada pelo fogo, ela retorna para essa área queimada e encontra uma terra arrasada, com falta de recursos para eles sobreviverem”, afirma Gustavo Figueirôa, biólogo do SOS Pantanal.
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O fogo já destruiu quase 1,4 milhão de hectares do Pantanal em 2024. Isso corresponde a quase 9% do bioma. E o enfrentamento às chamas entrou em um período ainda mais crítico: o de ventos fortes, comuns para o mês de agosto. E, apesar de uma grande estrutura de combate, os incêndios seguem fora de controle.
“Teve um dia que a frente de fogo percorreu, em um dia, 40 km. Tempo seco, baixa umidade. E ele vem para influenciar e tornar o mês bastante difícil para os combates aos incêndios”, conta José Carlos Herculano, tenente do Corpo de Bombeiros.
Fonte: G1