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Pelo segundo dia, a Grécia segue na luta contra incêndios florestais que estão destruindo casas e obrigando as pessoas a evacuarem. Neste domingo (27), autoridades do país pediram ajuda externa e bombeiros tchecos passaram a ajudar nos esforços. Também são esperadas aeronaves italianas.
As queimadas, provocados por ventos fortes e calor escaldante, devastavam a região do Peloponeso, a oeste de Atenas, assim como as ilhas de Eubeia e Citera. Em Citera, que conta com 3,6 mil habitantes, mensagens de evacuação foram enviadas já nas primeiras horas da manhã. “Casas, colmeias e oliveiras foram queimadas”, disse Giorgos Komninos, vice-prefeito da ilha, à emissora local ERT News. “Um mosteiro está em perigo direto neste momento.”
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Segundo estimativas iniciais, aproximadamente 20% da ilha foi afetada. Mas, apesar da devastação, não houve relatos de feridos ou mortos. “Hoje espera-se que seja um dia difícil, com risco muito alto de incêndio, em quase todo o território”, disse o porta-voz do corpo de bombeiros, Vassilis Vathrakogiannis, citado pelo The Guardian.
Meteorologistas previram que os fortes ventos que alimentaram as chamas diminuiriam na maioria das áreas, contudo, alertaram que Citera continuará enfrentando condições de vento “preocupantes”.
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Em Aetos, na Messênia, a área queimada é tão extensa que os incêndios não cessam. Por lá, plantações de oliveiras, uvas e figos foram completamente destruídas. Os danos à rede elétrica também são graves, com a maioria das comunidades sem energia elétrica desde o meio-dia de sábado, segundo a ERT.
Na ilha de Eubeia, perto de Atenas, as chamas destruíram áreas de floresta e mataram milhares de animais de fazenda. E, em Evia, trabalhadores tentam reparar os danos à rede elétrica, e algumas vilas ainda enfrentam problemas com o abastecimento de água.
O The Guardian destaca que a polícia estaria reforçando suas forças em Kryoneri, ao norte de Atenas, à medida que cresce o medo de que saqueadores possam ter como alvo casas abandonadas por seus donos que fugiam de um incêndio que começou na tarde de sábado, mas foi praticamente contido neste domingo.
A Grécia enfrenta ondas de calor há quase uma semana, com temperaturas ultrapassando 40°C em muitas áreas. Desde a última quinta-feira (24), conforme relatado pelo Euronews, o país está entrando no “período mais crítico de deterioração das condições pirometeorológica, informou a equipe pirometeorológica FLAME da Unidade METEO do Observatório Nacional de Atenas.
Os especialistas disseram que “o efeito cumulativo das condições muito quentes e secas que prevalecem em nosso país desde domingo, 20 de julho de 2025, levou a um aumento significativo da inflamabilidade dos combustíveis florestais, tornando muito fácil o início de incêndios, o desenvolvimento de grandes cargas térmicas, a rápida propagação do fogo e a ocorrência de focos secundários”.
Turquia e Bulgária
Incêndios também atingem a Turquia e a Bulgária. Na Turquia, que registrou temperatura recorde de 50,5°C na província de Şirnak, no sudeste do país, mais de 1.700 pessoas foram forçadas a abandonar suas casas, segundo o The Guardian.
Mais de 1.100 bombeiros trabalham para combater as chamas, e as autoridades afirmaram que pelo menos 76 focos de incêndio ocorreram em um período de 24 horas.
Em Bursa, a quarta maior cidade do país, um bombeiro morreu de ataque cardíaco no trabalho, elevando o número de mortos em decorrência do fogos para 14.
Na Bulgária, bombeiros combatem incêndios florestais em quase 100 locais, com casas queimadas e moradores evacuados. A Rádio Nacional Búlgara (BNR), citada pela Reuters, informou que um incêndio no sopé da montanha Pirin, no sudoeste do país, se espalhou por milhares de hectares de floresta.
Outro incêndio na cidade de Simitli destruiu várias casas e se espalhou em direção à Montanha Maleshevo. Mais um ocal atingido foi a vila de Kozarevo, na província de Yambol.
“É uma tragédia implacável”, disse o voluntário de emergência Zvezdelin Vlaykov. “Em todos os meus anos de combate a incêndios, nunca vi nada parecido.” Em um comunicado, o Ministério do Interior descreveu a situação como “dinâmica e grave”.
Fonte: Um Só Planeta
