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Um incêndio em Londres fechou o aeroporto mais movimentado da Europa e causou o cancelamento de mais de mil voos.
A pista do frenético aeroporto de Heathrow ficou vazia. É uma imagem rara: a primeira vez em 15 anos que o aeroporto mais movimentado da Europa – e o quinto do mundo – tem que fechar completamente. A última vez foi em 2010, por causa da fumaça de um vulcão na Islândia.
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Dessa vez, a causa foi um incêndio em uma subestação de energia que abastece o aeroporto. O fogo destruiu o transformador principal e o gerador reserva. No meio da madrugada, a administração de Heathrow afirmou que nesta sexta-feira (21) o aeroporto ficaria completamente fechado.
As autoridades fecharam os acessos ao aeroporto e pediram que as pessoas não fossem até lá. Mas muita gente já estava a caminho e ficou na estrada, de mala, meio sem rumo.
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Na hora que Heathrow fechou, 120 aviões foram desviados para outros aeroportos do Reino Unido e também para Irlanda, Espanha e França. Alguns voos da Ásia e dos Estados Unidos deram meia volta e pousaram no local de origem. No total, o incêndio afetou 1.351 voos.
A Eliane Borba saiu de São Paulo com destino ao Egito e faria uma escala em Londres. Acabou parando na Espanha:
“Aqui em Madri, aterrissamos, ficamos duas horas dentro da aeronave, esperando poder descer. E quando descemos, não foi nos dada informação nenhuma”, conta.
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Esse era o movimento de aviões com voos de Heathrow na sexta-feira (14), às 8h, dia normal. E esse era o movimento nesta sexta-feira (21) às 8h. Em média, 220 mil passageiros passam por esse aeroporto todos os dias. Em 2024, foram 84 milhões de pessoas. Heathrow tem, em média, um pouso ou decolagem a cada 45 segundos.
Nem na pandemia, Heathrow ficou totalmente sem funcionar como nesta sexta-feira (21). Na época, voos com cargas do setor de saúde – vacinas, remédios – continuaram operando.
O ministro de energia do Reino Unido classificou o incêndio como um catastrofe. As autoridades descartaram a princípio qualquer ação criminosa. Mas, por precaução, a divisão antiterrorismo participa das investigações.
“Ainda não sabemos a causa do incêndio. Queremos entender e aprender lições. Nossa rede de energia nunca viu um evento como esse. É sem precedentes”, disse o ministro de energia britânico, Ed Miliband.
No meio da tarde, as autoridades conseguiram normalizar a situação e retomaram parte dos voos. A expectativa é de que neste sábado (22) o aeroporto volte a funcionar como de costume depois de uma sexta-feira fora do normal.
Fonte: G1 – Foto: Reprodução/TV Globo