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A passagem de um ciclone extratropical pelo sul do Brasil gerou chuvas intensas e ventos fortes pelo país nessa semana, provocando estragos em diversas regiões, principalmente no Centro-Sul. Três mortes foram registradas na cidade de Palhoça, em Santa Catarina, que nas últimas 24 horas registrou um acúmulo de chuva de 137 mm, segundo o MetSul.
Meteorologistas classificam o ciclone como de “altíssimo risco”, com previsão de rajadas de vento que podem chegar a 120 km/h. O satélite meteorológico GOES-19 da Nasa, agência espacial dos Estados Unidos, capturou a dimensão do ciclone sobre a região Sul visto do espaço.
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Fortes ventos também atingem o estado de São Paulo, situado em uma região ainda periférica em relação ao centro do ciclone. Segundo a concessionária de energia Enel, 689 mil imóveis ainda estavam sem energia nesta sexta-feira (12).
A Defesa Civil de São Paulo registra quedas de árvore, destelhamentos e alagamentos em diversos municípios. Os parques da cidade de São Paulo chegaram a ser fechados em caráter preventivo para garantir a segurança da população.
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Para climatologistas, embora a ocorrência de ciclones seja comum no hemisfério sul, não há como negar o impacto das mudanças climáticas em eventos intensos como esse. “Não é incomum ter um ciclone nesta época do ano, o que é incomum é a intensidade que estamos vendo. E os estudos indicam que esse cenário é uma tendência do aquecimento global”, afirma o climatologista José Marengo, que coordena o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden).
Nos últimos anos, diversos ciclones foram registrados no Brasil, muitos com chuvas intensas e rajadas de vento, principalmente na região Sul. O mais recente foi registrado em novembro, ocasionando a formação de um tornado que atingiu o Paraná e destruiu 90% da cidade de Rio Bonito do Iguaçu, no interior do estado. Seis pessoas morreram e mais de mil moradores ficaram desalojados, com ventos que chegaram a 250 km/h.

Fonte: Um Só Planeta